VIRIAS FATAL e MUZGO: Noite Memorável no Rockarioca Convida!

O La Esquina foi palco de mais uma noite de Rockarioca Convida para matreiro nenhum botar defeito, dessa vez com as apresentações efervescentes das bandas Virias Fatal e Muzgo. Rock Press conferiu, leia mais na matéria que segue…

VIRIAS FATAL + MUZGO

8 de Maio de 2025
Rockarioca Convida

La Esquina – Lapa – Rio de Janeiro/RJ

TEXTO: Nem Queiroz e Michael Meneses!
FOTOS: Nem Queiroz

O Rockacarioca tem se caracterizado muito (também) pela reunião da trupe de bons amigos e camaradas que não perdem uma e se reconhecem ao som do velho e bom rock’nroll (é bom que se diga). Mesmo porque um evento como esse (mensal e que acontece sempre ali na Lapa no La Esquina) não é para se perder mesmo, fica a dica! Ah! Sempre às 2ª quintas-feiras do mês, a partir das 19h às 23h. Rápido e rasteiro como um abraço curto só para instigar. Portanto, não tem desculpas, só lamentos, se você perder as próximas edições!

VIRIAS FATAL INSPIRADOS POR MESTRES!

Oriunda da cidade de Niterói/RJ e em atividade desde 2017, a banda Virias Fatal (que nome intrigante!) iniciou os trabalhos e nos trouxe um som de peso transvestindo canções de muito bom gosto. A banda já havia se apresentado no Festival Rockarioca de 2024 na Audio Rebel, faltava o Rockarioca Convida

Virias Fatal, se este primeiro nome se referir ao verbo já está valendo. O significado de “virias” depende do contexto, mas geralmente se refere a algo que seria ou estaria prestes a acontecer, chegar ou aparecer. Aconteceu, chegou, apareceu! Mas nada disso, a contar pelas próprias palavras do gente boa e vocalista da banda, Gustavo Felix: “Então, o lance do nome é por conta de um disco de música regional, “Cantoria”. Com Elomar, Xangai, Geraldo Azevedo e Vital Farias. No disco o Xangai chama o Vital Farias de virias fatal! Esse nome sempre ficou comigo… e foi isso (risos). Não é verbo nem nada com um super significado, enfim!”

A contar pelas canções da banda, o Virias chegou mesmo para ficar. Um trio da pesada com Gustavo Félix na guitarra; Fabrício Figueiredo na bateria e Ned Eckhardt no baixo, eles alternam entre alternativo, quase indie, e um pop de respeito contrabalanceando a máxima, que sim, podemos cantar em português (com letras inteligentes e sublimes – sem medo de parecer piegas. Destaque para as canções “A Cura” que em conversa com o vocalista depois do show, disse eu a ele, me remeter um pouco a Lô Borges pela bela melodia que eles conseguiram imprimir numa canção pop/rock (com um riff que cola nos tímpanos) com uma guitarra ora pesada, ora sublime); e “Rapaz Tranquilo” está mais pesada em justa medida que chegou a arrancar aplausos demorados da plateia.  

“Dia de Sorte” que abriu o set, já nos mostrava que eles viriam fatais de fato. “Vícios Frios”; “Tóxico Controle” e “Nó na Madeira” são outros bons exemplos de canções bem-feitas dentro de arranjos com pesos na medida e bons músicos. Um ótimo trio, uma bela surpresa! Virias Fatal, guarde este nome.

MUZGO POWER TRIO ARRASADOR!

A noite estava começando e a galera que continuava a chegar, se regozijando com o canecão de chopp por módicos dez reais, a Muzgo invadia o palco imediatamente comprometida com o horário, montando o seu cenário seco e cru, sem firulas como o show se mostraria. Uma porrada no estômago.

Muzgo é nova superbanda formada por ninguém menos que Nobru (Planet Hemp, Seletores de Frequência e Cabeça na guitarra), Dony (Vulcânicos, Matanza Inc no baixo e vocal) e Pedro Schroeter (Braza, Nervoso e os Calmantes, Vulgue Tostoi na bateria). Mais um trio que se apresentaria neste arrojado palco da cidade. Dony, parecia um lobo enjaulado andando para lá e para cá, nitidamente ansioso para atacar. E que ataque! mostra a gana da banda! Rock é isso! Vai com tudo! Então vamos!

Tínhamos então um vocal agudo “contra” um grave que fazia tremer e precisou de apenas uma música (“Pouco de Noix”, seguidas de outros três estrondos: “Transversal”; “Aqui depois” e “Flashes”,) para se soltar de vez. Era uma atmosfera sonora que dava substância e peso às canções; logo conquistou o público que se mostrou um pouco maior que do primeiro show. Uma pequena curiosidade que talvez poucos tenha notado, desta vez eram as mulheres que “batiam cabeça”, incitando uma roda que só não inflamou porque parece que os homens com seus canecos em punho e olhos vidrados no palco, pareciam hipnotizados com tamanha potência do trio.

Outro destaque, foi o batera que sentou o braço com vontade e que arrancou suspiros das moçoilas quando resolveu tirar a camisa encharcada de suor! Tendo uma batera marcante, a guitarra e o baixo não poderiam ficar para trás, e não ficaram! Todos eram Muzgo!

Fui buscar no dicionário o significado da palavra, na verdade “musgo”. E estava assim: “Musgo que cresce em lugares sombrios sobre pedras, em casca de árvores e ainda dentro da água”, e neste caso, igualmente no palco. Enfim, foram 12 petardos que os tímpanos agradeceram felizes pedindo bis inclusive.

RECOMENDAMOS…

Uma das melhores noites do Rockarioca Convida, detalhe, na ocasião a cidade recebia o mega show do System of a Down, e ainda assim o público prestigiou essa importante iniciativa ao underground do Rio de Janeiro realizada pelo Coletivo Rockarioca e do músico, produtor e DJ Pedro Serra. Conversamos com ele na coluna 1,2,3,4… (leia aqui).

Que venham novas edições, aliás, aguardem, em breve, será anunciado a edição de 2 anos do Rockarioca Convida e ao que sabemos, surpresas estão por vir. Antes, acontece a próxima edição, que excepcionalmente será na 3ª semana de junho (dia 19), e terá como atrações a banda Cidade Partida e a cantora Micah, dois relevantes nomes da música do subúrbio carioca. #Recomendamos! – Nem Queiroz e Michael Meneses!

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NEM QUEIROZ – É Poeta, letrista, fotógrafo, cantor, escritor, artista plástico e DJ. Pesquisador e colecionador de música, rato de cinema, teatro, sebo/livraria, centros culturais e shows! Intitula-se como “O Fotógrafo Observador” quando se aventura a resenhar para sites e afins. Ele mora aqui.

MICHAEL MENESES – É o editor da Rock Press deste 2017, criador do Selo Cultural Parayba Records, fotojornalista desde 1993, foi fanzineiro nos anos 1980/90, jornalista e cineasta de formação, pós-graduado em artes visuais. Fotografa e escreve para diversos jornais, revistas, sites e rádios ao longo desses últimos 30 anos, também realiza ensaios fotográficos de diversos temas, em especial música, jornalísticos, esporte, sensual, natureza... Pesquisa, e trabalha com vendas de discos de vinil, CDs, DVDs, livros e outras mídias físicas. Michael Meneses é carioca do subúrbio, filho de pai paraibano de João Pessoa e de mãe sergipana de Itabaiana. Vegetariano desde 1996Em junho de 2021 foi homenageado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo vereador Willian Siri (PSOL/RJ), com monção honrosa por iniciativas no audiovisual e na cultura suburbana. Torce pelo Campo Grande A.C. no Rio de Janeiro, Itabaiana/SE no Brasil e Flamengo no Universo. Atualmente, dirige o filme, “VER+ – Uma Luz chamada Marcus Vini, documentário sobre a vida e obra do fotojornalista Marcus Vini e realiza o Parayba Rock Fest.

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