Com um curioso nome, a banda Prefeitura do Rio é uma das atrações desse sábado (13/01) do Festival Bonde Verão 2024, no Pecado Mora Ao Lado (RJ). A Rock Press entrevistou os músicos, na Coluna 1, 2, 3, 4…!
ENTEVISTA: Michael Meneses
FOTOS: Wilson Domingues
Na correria há cerca de três anos, a banda Prefeitura do Rio desperta curiosidade já a partir do nome. Em sua formação, MF Kim (vocal/bases e letras), Igor Tavares (vocal/letras/bases e referências tokusatsu), Fernando Borges (vocal/instrumentos e captação de som ambiente em habitat natural de espécimes raros), Crime (letras/passinho/beats/voz e aconselhamento espiritual), Tiago Pank/Nonô (operação/rap/beats/voz e pudim) e M’adrugs (translado emocional/paranoia retroativa e jardinagem).
O ano passado (2023), foi intenso para a banda, com apresentações em eventos alternativos pelo Rio de Janeiro, incluindo, o show de abertura para o Rogerio Skylab no Circo Voador (Leia aqui), e a abertura do show beneficente do Zumbi do Mato, no Garage Grindhouse, em prol do tratamento de saúde da amiga Ana Elizabeth (informações aqui).
Já 2024, começa com apresentação no Festival Bonde Verão, que vai acontecer no Pecado Mora Ao Lado (RJ), neste sábado (13/01). Porém, esse é só um ponto de partida. A Prefeitura do Rio almeja lançamentos de singles, split, EP e talvez até um álbum para esse novo ano e ainda tem outros projetos em que a banda está envolvida, como o CarioCaos. Por conta dessas novidades, a Rock Press fez uma entrevista com a banda na Coluna 1, 2, 3, 4…
Prefeitura do Rio:
Música Independente unida é mais forte!
ENTREVISTA
1 – Rock Press/Michael Meneses: Prefeitura do Rio possui um dos nomes mais curiosos dos últimos anos da cena alternativa carioca. Contém um pouco da história de vocês, falem da proposta da banda e, a pergunta que todo mundo deve fazer: O porquê desse nome (risos)?
MF Kim/Prefeitura do Rio: O Prefeitura do Rio começou comigo e o Rafael, que saiu da banda pouco antes do 1º show. Nós estávamos lidando com a pausa mais recente do D.S.X.M., que é uma banda que mantivemos em atividade errática desde 2003, fazendo o possível para se manter anônimo, somente lançando álbuns e sem divulgação e sem tocar ao vivo. Quando o D.S.X.M. parou, focamos em umas batidas que estávamos montando e em escrever letras. Nessa primeira fase entram na banda o Crime, participando de forma virtual desde Florianópolis, e pouco depois Pank, que nos ajudou a fazer o primeiro ensaio, mas saiu do Rio pouco depois voltando a participar da banda ativamente em 2023. Depois do 1º ensaio entraram o Igor, o Fernando e o Ma’drugs, este último também participando de forma virtual e completando a formação. A gente sempre procurou fazer um som tipicamente carioca e acho que isso reflete muito nas letras, batidas e postura, não por uma questão de bairrismo, mas um retrato do que nos cerca. Isso também explica um pouco o nome, vendo essa questão de nome de banda representar o som, a princípio o Rafael tinha um projeto de noise que participei na concepção, o Prefeitura e a partir daí surgiu Prefeitura do Rio.
Igor Tavares: Eu e o Fernando entramos um pouco depois da criação da Prefeitura do Rio. Quem teve a ideia inicial foi nosso amigo Rafael junto com o Martin. Eles mandaram algumas demos que tinham gravado com o Nonô (Tiago Noronha) e eu não entendi nada do que eles queriam fazer na época. Eu sou baterista e não via como poderia fazer parte de um projeto de música eletrônica. Mas aí comecei a fazer uns beats, linhas de voz e letras aos poucos e a coisa foi fluindo. Depois de um tempo consegui assimilar mais ou menos o que eles queriam fazer em termos de som e letras e aí consegui contribuir em algumas coisas para o primeiro álbum. Incialmente a banda se chamava somente “Prefeitura”. Mudamos para “Prefeitura do Rio” porque o Rafael criou o nome original e ele saiu da banda. Então achamos justo que a gente não usasse esse nome sem ele na formação.
Tiago (Pank, Nonô…): O primeiro contato que tive com o Prefeitura do Rio foi fazendo a primeira captação de voz, eram apenas Rafael e MF Kim. Na época estava ruim de trampo aqui no RJ para mim, apareceu uma oportunidade no DF, rolaram apenas dois encontros. Um na casa do MF Kim e o outro já era um ensaio na Audio Rebel. Já tinha material pra caramba para gravar. Assim como o Igor, também não entendi muita coisa do projeto de início, estou muito mais familiarizado agora (risos). Um tempo depois que voltei de Brasília, fui duas vezes ver o grupo tocar, eu acho, o MF colocou na mesa com o Igor e com o Fernando para eu ficar de “soltador de batidas”, eles curtiram a ideia do convite (não curto ser chamado de DJ, não tenho as qualidades técnicas AINDA. Conheço a cultura Hip Hop, eu respiro isso até hoje e apenas soltar base, usar uma controladora não me faz um DJ. Respeito muito isso, então prefiro o termo “soltador de bases”, (por enquanto). Enfim, isso deu mais fluidez nas apresentações, estou feliz à beça, geral unidasso, fazendo muito barulho…
Fernando Borges (foto): Inicialmente o Rafael me chamou para fazer parte de uma banda de GrindReggae chamada Point & Grunt, porém logo em seguida eles deram início a Prefeitura e chamaram o Igor que por sua vez me chamou, inicialmente eu tocaria baixo e soltaria os loops e bases enquanto eles cantariam. No final da pandemia, fizemos um show na Audio Rebel com essa formação, obviamente sem público e transmitido online. Logo em seguida o Rafael saiu da banda, antes do primeiro show com público fora da pandemia, mudamos o nome para Prefeitura do Rio, larguei o baixo e assumi os vocais com o MF Kim e o Igor.
MF Kim: O nome não tem uma explicação formal. Estávamos lidando com os beats e considerando escrever letras quando pensamos no Prefeitura. ORafael já havia lançado dois discos de noise experimental como Prefeitura, mas pouco tempo depois complementamos o nome da banda com o “do Rio”, levando em conta o conceito das letras, da música, do que vivemos e nos interessa. Apesar de ser argentino eu me identifico demais com o Rio de Janeiro e para mim usar o nome Prefeitura do Rio é como ocupar um lugar de “poder paralelo” em minha imaginação.
2 – ROCK PRESS: A banda possui músicos com outros projetos artísticos. Apresentem esses projetos para aos leitores da Rock Press…
MF Kim: Em atividade, lancei uns discos de noise experimental, uns de eletrônico instrumental como MF Kim (ouça) e se arrumar tempo devo lançar um disco solo com voz este ano. Tem uns eletrônicos instrumentais como BlackCatGang (escute), venho participando dos shows ao vivo da Sinkin (conheça) e também tem o Chron-Há, mas isso eu deixo o Igor e o Fernando falarem a respeito. Fora as coisas que não lançam mais nada como o Point & Grunt (grind reggae. Ouça), Revés (audio voodoo. Escute), o D.S.X.M. que citei anteriormente (conheça) que fazia experimental forte.
Igor Tavares: Eu já tive uma porrada de banda, incluindo o Black Vulture que é uma banda de black metal cru com o Rafael (criador da Prefeitura) e com o Godoy (que a gente cita nas letras da Prefeitura do Rio). Atualmente toco bateria e produzo o Chron-Há (ouça aqui) que é uma banda de hardcore psicodélico meio sludge que tenho desde 2015 com o Fernando e o Renan Machado. O MF KIM acabou se infiltrando no Chron-Há em 2022 e agora faz vocais com a gente também.
Tiago (Pank, Nonô… na foto): Participava de um grupo de Rap, com os irmãos do coração. Amizade de mais de 16 anos e lá vai pedrada. Entrei no grupo em 2016 e o grupo deu uma pausa no começo de 2019, se não me engano. O nome é Conflito Zona Norte (CZN). (Ouça). Falando nisso, abraço pro mano Daril e para o meu mano AndreX! Nesse mesmo período, montei meu home studio, uma galera veio gravar, dei o nome de FODAC Records.. Gravei uns trabalhos do Daril e meus, a FODAC MixTape Vol.1 (entre 2019 e 2020) (conheça). Coladinho nesse momento, comecei a fazer beats de hip hop e gravar minhas linhas solo, me apresentando como Pank (2020) (ouça), que é vulgo que a galera me deu. Tu querendo ou não, já era, nome pega. E também tem um trampo que me orgulho pra coisa à beça em ter participado, que foi da produção do EP 40tena Tape (Nov. de 2020), do meu mano Nyl MC (escute aqui). Fiz a captação da voz de todo EP, uns cortes em uns beats e tal e a batida de Sindemia que eu fiz junto com a colaboração do mano DJ Pirigo. Ficou outra parada realmente… trabalho fino! Tipo umas 7 horas gravando direto…. Aquilo foi loucura. Mano Nyl fortaleceu pra caramba no aprendizado.
Fernando Borges: Rola o Chron-Há, onde toco guitarra, baixo e sintetizador. Esse é o projeto que criei com o Igor em 2015, quando saímos de uma banda de Crossover que tocávamos anteriormente. Além da gente também estão na banda o Renan Machado e o MF Kim.
Gabriel Madrugs: A 1ª banda que participei na vida foi com o Igor, faz mais de 20 anos, o FTL. A formação foi mudando até estabilizar por alguns anos enquanto estávamos com o Bruno Danton e o Tomas Rosati, que hoje comandam o El Efecto. Na época éramos o Foco de Resistência, fazíamos bastante show pelo Rio, gravamos disco, mas naquele esquema amador dos anos 90… Ficávamos feliz por ter músicas próprias e gravar CDr para vender nos shows. Hoje com o burburinho todo que está rolando devido ao Prefeitura, já fui cobrado várias vezes para lançar direito essas músicas e até apareceu uma galera interessada em lançar, parece que neste ano de 2024 vai rolar esse ‘relançamento’ oficial para aparecer nos streamings da vida. Também cheguei a participar do Black Vulture com o Igor, o Marcos e o Rafael, que é meu irmão. Hoje, já faz uns 7 anos que administro o after.tv/negativo e tem sido muito divertido para acompanhar a cena. Além disso, participar do Prefeitura do Rio hoje é um privilégio.
3 – ROCK PRESS: No show de vocês abrindo para o Rogerio Skylab vocês apresentaram o projeto CarioCaos. Falem desse projeto e de outros similares que vocês conhecem e até mesmo que tenham inspirado vocês?
MF KIM: CarioCaos é um lance curioso que surgiu naturalmente quando começamos a tocar ao vivo, fomos encontrando pessoas com propostas que conversam com o que nós fazemos e passamos a nos organizar para fazermos músicas, eventos juntos e estamos no processo de fazer mais coisas e continuar crescendo e agregando propostas e bandas. Acreditamos na força grupal e 2024 promete ser um ano bem agitado nesse sentido. Falando de CarioCaos, mesmo hoje falamos sobre o Prefeitura do Rio, sobre o Disstantes, que acaba de lançar um single que fala muito sobre o caos político dos últimos anos (ouça), do Miçanga que eu brinco falando que ele é workaholic porque estão sempre com alguma música nova sendo lançada; 808 Punks que estão agitando um monte de coisas para este 2024, inclusive um lançamento em conjunto com a gente. Além de muitas outras coisas interessantes acontecendo que nos inspiram a olhar nosso som de outra maneira, como o Zé Sem Nome que virou Radio Nada Ver, Tantão e os Fita, Crizin da Z.O., The Lautremonts, Jeza da Pedra… Recentemente fizemos um show em Niterói e fiquei absurdamente impressionado com o que o pessoal jovem anda fazendo, como Vitor Vulgo, Pek0 e Vera Fischer era clubber.
Igor Tavares (foto): Quando começamos a fazer show com a Prefeitura do Rio a gente não tinha um nicho musical para se encaixar. A gente sempre foi muito eletrônico para os eventos de rock e muito barulhento pros eventos de música eletrônica. Então era difícil para algum produtor colocar a gente em algum evento. O Cariocaos surgiu porque os artistas desse movimento foram as pessoas que faziam um som que também não se encaixava em nada pré-estabelecido. Se você for analisar o som do Miçanga, Disstantes e do 808 Punks todos são bem fora da caixa em termos de formato e proposta. A gente foi meio que se “achando” nos eventos porque temos esse lance de usar base eletrônica junto com noise e elementos de outros estilos para fazer nossas músicas sem necessariamente ter que levar instrumentos musicais convencionais para fazer nosso som. Então isso facilita a coisa logisticamente e acabou unindo a gente.
Fernando Borges: É, o Igor e o Kim falaram tudo. Além do CarioCaos rola uma cena forte de noise aqui no RJ nos rolês do Escritório.
4 – ROCK PRESS: A banda é uma das atrações da segunda noite do Festival Bonde Verão 2024. Apresentem as demais bandas da noite e falem como vocês estão vendo a atual cena rock no Rio e no Brasil?
MF Kim: Bonde Verão 2024, para começar o ano daquele jeito, organizado pelo queridão André “808 Punks em 1” Paumgartten resolveu corrigir uma injustiça e nos colocou junto ao Chucky Ramirez e os Traidores do Movimento, figura emblemática do underground carioca. Já tivemos um show juntos na antiga Grindhouse, no qual ele foi impedido pela polícia de tocar no que veio a ser o último show da Grindhouse, na Rua do Senado (RJ), mas há males que vem para o bem, já que ganhamos o Garage de volta nessa treta. Também teremos a presença do Impietus, um metal papo reto sem caôzinho, e Estranhos Românticos, banda de indie-tropical com algumas figuras históricas do underground carioca. Sobre a Cena, acho que cada vez mais tem gente fazendo coisas interessantes porque a produção independente tem sido facilitada pela tecnologia. O grande déficit é de lugares para tocar. O ano de 2023 foi incrível de resgate de alguns espaços como o Garage, mas ainda falta espaço principalmente para bandas que fazem um som próprio.
Igor Tavares: Honestamente sou um pouco desconectado para falar com propriedade sobre cena e tal, mas justamente por ser desligado e ter essa desconexão percebi que muito projeto surgiu. Antigamente, para mim era fácil não saber nada sobre o que estava rolando na música e no rock em geral no Rio e no Brasil. Atualmente tem tanta coisa nova e tão boa surgindo que fica difícil me manter alienado em relação às coisas (risos).
Fernando Borges: Acho que a cena está aí e tem muita coisa boa como sempre e nós temos que dar suporte para manter em atividade. Recentemente, tocamos com a Pek0, acho que é uma das artistas que mais se destaca conceitualmente e musicalmente no cenário atual.
5 – ROCK PRESS: Falem dos projetos para esse novo ano e deixem uma mensagem final para os leitores da Rock Press…
MF Kim: Aos leitores da Rock Press, em 2024 abram ouvidos, corações e mentes que o rock não precisa ser sempre baixo, guitarra e bateria.
Igor Tavares: A Prefeitura do Rio tem um split EP para lançar com o Chron-há no primeiro semestre chamado “Que Nem Gaiteiro”. São 3 músicas: “Lua Ruim” que é uma música do Chron-Há que fizemos uma versão funk noise estilo Prefeitura com uma percussão gravada pelo Miçanga; “Bethcrush” que é uma música da Prefeitura do Rio que fizemos uma versão stoner psicodélica porradeira no Chron-Há e uma música “nova” (risos) na qual as duas bandas tocam juntas. Essa música nova se chama “que nem gaiteiro” e tem influência de house music e de uma banda de thrash metal bem conhecida. Fora isso temos mais 2 músicas que fizemos com o André do 808 Punks e estão em fase de edição / mixagem e mais umas 18 demos gravadas de músicas novas inéditas para trabalhar durante esse ano.
Fernando Borges: O split com Chron-Há, EP com o 808 Punks e possivelmente um álbum. Prefeitura do Rio em 2024 está com a agenda fervilhando! Aos leitores da Rock Press, estamos voltando 15db mais alto e mais grave, aquele noisecore bolado para rachar o vidro da janela… nos aguardem (risos)!
Recomendamos…
Lembramos, Prefeitura do Rio é uma das atrações desse sábado (13/1), do Festival Bonde Verão 2024, evento que segue acontecendo todos os sábados de janeiro. A banda divide o palco do Pecado Mora ao Lado com Chucky Ramirez, Impietus e Estranhos Românticos. Se liga no serviço abaixo com toda programação, pois #Recomendamos. – Michael Meneses!
CONTATOS PREFEITURA DO RIO:
E-MAIL: prefeiturarjhc@gmail.com
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LINKTREE: https://linktr.ee/prefeiturarj
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BONDE FESTIVAL 2024!
Todos os sábados do mês de janeiro no
Bar O Pecado Mora Ao Lado (RJ)
De forma frenética, assim começou o ano de 2024, tem shows por todo o Rio de Janeiro. O Festival Bonde Verão é uma dessas opções, e segue acontecendo todos os sábados de janeiro, no bar O Pecado Mora ao Lado, na Praça da Bandeira, na zona norte carioca, sempre a partir das 19h. O ponta pé inicial ocorreu sábado passado (06), com as bandas Habitantes de Lugar Nenhum, A Última Gangue, Miçanga e NoSunnyDayZ (leia entrevista com a banda aqui). Se liga na programação dos próximos sábados:
13 de Janeiro: Chucky Ramirez + Impietus + Estranhos Românticos + Prefeitura do Rio
20 de Janeiro: Peyote + Pic-Nic + Pek0 + Klitoria
27 de Janeiro: Hungry Jackalz + Gran Mostarda + Dani Vallejo + 808 Punks
SERVIÇO:
LOCAL: O Pecado Mora ao Lado – Rua Hilário Ribeiro, 196 – Praça da Bandeira – RJ/RJ
DATA: Todos os sábados de janeiro de 2024 às 19h.
INGRESSOS: Antecipados no site Eventbrite (aqui) e no dia dos shows na bilheteria do O Pecado Mora ao Lado.
IMPORTANTE: PCDs com identificação oficial não pagam entrada.
APOIO: Selo Cultural Parayba Records, Radio Rota 220, Portal Rock Press, Agenda Rock, Movimento Flametal, e The Bridge
PRODUÇÃO e INFO: Bonde Music
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