UM BROTO LEGAL – Celly Campello no cinema

Segue em exibição nos cinemas, o longa “Um Broto Legal”, filme de Luiz Alberto Pereira, que narra o rápido estrelato de Celly Campello, vivido pela atriz Marianna Alexandre. Celly e seu irmão Tony Campello, introduziram o rock no Brasil. A Rock Press assistiu e o Antonio Carlos Paes escreveu.

TEXTO: Antonio Carlos Paes.
FOTOS: Divulgação

Que a Rita Lee é considerada a Rainha do Rock nacional, isso é fato! Porém, na história do rock brasileiro a primeira grande estrela e precursora no gênero rock and roll foi Celly Campello. Seu irmão, Tony Campello, foi o responsável por apresentar a talentosa irmã, Celly Campello à juventude da época que ainda não tinham uma cantora representante da música jovem no Brasil. Sua carreira que se deu de forma meteórica e muito curta é bem retratada no longa “Um broto legal”, ainda em cartaz em algumas salas do Brasil (programação abaixo).

O filme “Um broto legal” (2022) foi dirigido por Luiz Alberto Pereira (de “Jânio a 24 Quadros” e “As Doze Estrelas”) que também assina o roteiro com Dimas Oliveira Junior, e contou com Uli Burtin na direção de fotografia. No elenco, Marianna Alexandre vivendo Celly Campello e Murilo Armacollo no papel de Tony Campello. A distribuição é da Pandora filmes.

Essa cinebiografia narra a rápida trajetória de Sérgio Campello e Célia Campello, que logo se tornaram Tony e Celly Campello. Sergio adota o nome de Tony, por sugestão da gravadora Odeon, devido à sua semelhança com o ator norte-americano Tony Curtis. Já a irmã Célia se torna Celly batizada por ele mesmo, para apresentar através de uma rádio, a mais nova estrela do rock. Uma curiosidade é que o sobrenome Campello se manteve por exigência de seu pai na época.

“Um broto legal” foi cuidadosamente produzido de forma que o expectador entrasse na atmosfera dos anos 50 e 60, através do figurino, dos carros, comportamento e principalmente da música, o novo rock and roll. Mas, quem esperava ver a história de Celly Campello do início da carreia até sua morte em março 2003 se decepcionou, pois, o filme se baseia apenas no primeiro período da trajetória artística da cantora que foi entre 1958 a 1962 (quando ela anunciou o fim de sua carreira artística em rede nacional no programa “Crush em Hi-Fi”, na TV Record, que apresentava junto com seu irmão Tony Campello, acompanhados pelo conjunto The Avalons). Celly interrompeu sua carreira para se casar com o namorado Eduardo (José Edwards Gomes Chacon), interpretado pelo ator Danillo Franccesco.

Alguns pontos fracos do filme foram: não mencionar as participações de Celly e Tony nos filmes de Amácio Mazzaropi, como “Jeca Tatu” (1959) e “Zé do Periquito” (1960); a trama ficar muito focada nos conflitos do romance entre Celly e seu namorado Edu; e também não mencionar a atividade da cantora dentro da Record, maior emissora de TV da época, e que exibia seu programa “Crush em Hi-Fi”.
Celly Campello, em início de carreira, interpretava versões de sucessos norte-americanos feitas por Fred Jorge, amigo de Tony Campello. Fred Jorge foi responsável por fazer as versões de praticamente todos os sucessos de Celly Campello, incluindo “Estúpido Cupido” (Stupid Cupid) música de Neil Sedaka, e “Banho de Lua” (Tintarella di Luna) sucesso italiano interpretado pela cantora Mina Mazzini.

Recomendamos…

“Um broto legal” é um trabalho que não pode cair no esquecimento. O filme presta uma homenagem e tratou com carinho e singeleza a trajetória artística de Celly Campello, a primeira representante musical dos jovens no final dos anos 50 e início de 60. – Antonio Carlos Paes.

EM CARTAZ (confira a programação no sites abaixo ou em sua região):
São Paulo/SP – Cine Belas Artes
Goiânia/GO – Cine Cultura Goiás

FICHA TÉCNICA:
DIREÇÃO:
 Luiz Alberto Pereira
ROTEIRO: Dimas Oliveira Junior , Luiz Alberto Pereira
ELENCO: Marianna Alexandre (Celly Campello), Murilo Armacollo (Tony Campello), Paulo Goulart Filho (Pai do Tony e da Celly Campello), Danillo Franccesco (Edwards Chacon, o Edu namorado da Celly Campello), Petrônio Gontijo (Caça talentos), Felipe Folgosi (Diretor artístico da gravadora Odeon).
PRODUTORA: Lap Filmes
DISTRIBUIÇÃO: Pandora Filmes
DURAÇÃO: 94 min
ORIGEM: Brasil
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
LANÇAMENTO: 2022
TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=W9rur2SuHBU

Antonio Carlos Paes – Carioca, fotógrafo desde os anos 90, pesquisador de músicas antigas, principalmente as dos anos 50/60. Foi colaborador oficial do fanzine Gnomo da Tasmânia na década de 1990. Escreveu o Fanzine The 50’s Billy Zine sobre a cultura Rocker dos anos 50/60. É massoterapeuta e biólogo forense. Desde 2012 colabora com a Rock Press.

CONTATO ROCK PRESS: ( https://portalrockpress.com.br/contato )

Envie news e sugestões de pautas da sua banda, selo, fanzine, HQ, gravadora, editora, livro, distro, arte, produtora de show e evento, cinema, cultura alternativa e Underground em geral. – A/C: MICHAEL MENESES – michaelmeneses@portalrockpress.com.br 
 
Envio material físico das suas bandas, zine, livro, filme e demais produções para:
PORTAL ROCK PRESS:
CAIXA POSTAL: 30420
Rio de Janeiro/RJ – Brasil
CEP: 21351 – 970

TWITTER: https://twitter.com/portalrockpress
FACEBOOK: https://www.facebook.com/portalrockpress
INSTAGRAM: https://www.instagram.com/portalrockpress/
YOUTUBE: https://www.youtube.com/channel/UCy_FOYj2Zxh7beQacpLhPnA 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook

- Anúncios -

Instagram

Twitter

O feed do Twitter não está disponível no momento.

Youtube