The Mission e Christian Death: Pós-Punk in Rio!

Em noite de expectativas altas no palco do Vivo Rio, The Mission faz apresentação curta, mas, mata um pouco da saudade do público carioca em noite que ainda contou com show de abertura da banda Christian Death.

THE MISSION + CHRISTIAN DEATH

Vivo Rio – Aterro do Flamengo – Rio de Janeiro/RJ
Sexta-feira – 11 de Outubro de 2024

TEXTO & FOTOS: Nem Queiroz

Eu sabia que estava chegando cedo demais, mas a sensação de que já era tarde demais por tanta espera, faz a gente caminhar a passos largos ao nosso destino. E na data acima, o destino era um só:  The Mission (uma das mais poderosas bandas pós punk dos anos 80) no Vivo Rio!

Como já dito, ainda era cedo, mas a ausência do público lá fora frustrava o mais entusiasmado dos ambulantes. Parecia que ia “dar ruim” (flopar). Não pude constatar porque aquela vontade de chegar e entrar era fato imperativo. Casa vazia até então, o jeito era abraçar o que se tinha e tentar se divertir ao máximo (que se podia).

Christian Death in Rio!

Não muito longe dali, o Circo Voador recebia o show do magistral Beto Guedes (leia aqui), e apesar da ansiedade até que as horas voaram, e o show de abertura, que estava programado para as 21h adiantou-se para as 20:30h. Beleza!

O quarteto gótico e pós-punk americano Christian Death realizava sua primeira apresentação no Rio de Janeiro, a banda vem lá dos idos dos anos 80 e que mesmo com a casa ainda bem vazia arrancava aplausos da plateia. A formação atual conta com um vocalista de voz pequena e baixa, cavernosa e gutural intercalando com a baixista bem mais desenvolta que ele. Aos fãs da banda foi um espetáculo memorável, aos que estavam tendo contato com a banda pela primeira tardiamente, vale conhecer a fundo a história do Christian Death.

The Mission – Deu Para o Gasto!

Uma horinha e pouquinho de show de abertura foi o suficiente para se notar o público chegando, verdade seja dita, bem abaixo das expectativas. Às 22:10 Wayne Hussey (líder, vocal e guitarrista) nos brindava com os primeiros acordes da canção “Wasteland”, muito embora em um andamento um pouco mais lento, foi a minha sensação, seguida pela belíssima “Beyond the Pale” que geralmente costuma abrir o show. Observei que mais ou menos da quarta música em diante (no total de 15 contando com o bis, fechando em 1 hora e meia no palco, ou seja, curto demais para um show tão esperado) o público apenas observava (sem muito entusiasmo) canções que mais pareciam inéditas de tão pouco inflamáveis que eram.

Ainda assim o saldo foi positivo, com pequena parte de um modesto público voltando a se entusiasmar para cantar junto as últimas canções, no destaque para “Stay With Me”, seguida de “Kingdom Come” e “Delivarence”. Sem deixar de citar também as queridas “Serpent’s Kiss” e “Garden of Light” para um fim precoce que nos reservava um bis de três músicas poderosas (talvez por fim o ápice do show), voltando com “Butterfly on a Wheel”; a inevitavelmente aguardada “Severina” e fechando com a magnífica “Tower of Strength”. Deu para o gasto, mas poderia ter sido mais! Nem Queiroz.

NEM QUEIROZ – É Poeta, letrista, fotógrafo, cantor, escritor, artista plástico e DJ. Pesquisador e colecionador de música, rato de cinema, teatro, sebo/livraria, centros culturais e shows! Intitula-se como “O Fotógrafo Observador” quando se aventura a resenhar para sites e afins. Ele mora aqui.

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