Com uma pegada rock que te joga na virada dos anos 1950/60, os mexicanos do The Guapos acabam de lançar o álbum “Hey”. Em meio a tour que segue desde junho na Espanha, a banda conversou com a Rock Press sobre o disco, revelou que “Hey” vai ganhar uma versão em vinil e falou do desejo de tocar no Brasil!

THE GUAPOS:
O rock dos anos 1950 foi atualizado com sucesso!

ENTREVISTA e TEXTO: Michael Meneses
FOTOS: Exploredinary/Divulgação

“No meio de um mundo de imediatismo digital, tendências e frenesi, The Guapos surge como um antídoto divertido em um formato mais clássico. Sua filosofia de “resgatando o melhor de outros tempos, atualizando o clássico à sua maneira”, levou a gravar todas as canções do seu álbum de estreia totalmente analógico (em duas faixas, em fita e com som mono).”

O texto acima inicia o release de apresentação do The Guapos, banda formada pelos multi-instrumentistas Adán Jodorowsky, El David Aguilar, Jay de La Cueva e Leiva, que optaram por gravar o álbum Hey em formato analógico. Seu som leva o ouvinte aos primórdios do rock da virada dos anos 1950/60. Uma espécie de Invasão Britânica às avessas e dos dias atuais, com o detalhe que a banda é mexicana, salve o Leiva que é espanhol. Todos os músicos do The Guapos possuem trabalhos solos em paralelo.

O álbum Hey foi produzido pelo próprio Adán Jodorowsky e as gravações ocorreram no estúdio Reliable Recorders, em Chicago (EUA). Ao todo, o disco traz 10 músicas que já estão disponíveis nas plataformas digitais. Hey vai ganhar ainda uma edição em vinil pelo selo One Little Blue Records.

Atração dos festivais de verão na Espanha, o The Guapos conversou com a Rock Press por intermédio de sua assessoria no Brasil.

1 – Michael Meneses / @Portal Rock Press – Vocês são uma banda contemporânea tocando rock clássico dos anos 1950/60. Por que essa influência e por que você escolheu gravar em formato analógico?

The Guapos: A ideia de trazer a influência dos anos 60 foi em função de amarmos a música dessa década e sermos influenciados por tudo isso. É um projeto entre amigos, em que queríamos estar juntos e aproveitar a vida. Nós gravamos o álbum em Chicago, em um estúdio dos anos 50 e gravamos ao vivo, todos tocando ao mesmo tempo, e é claro que você tem que ser um músico muito bom para conseguir isso e foi incrível. Sobre o formato analógico, a gente queria que o álbum realmente soasse como um trabalho feito nos anos 60, então ele foi gravado em uma máquina de 1952, só com quatro microfones para os instrumentos musicais e um microfone para os vocais e com duas fitas de gravação: os instrumentos gravados em uma e a voz em outra e só isso. Ele foi mixado enquanto a gente ia gravando, eram dois botões para mixar o álbum, só dois “faders”.

2 – Rock Press: Falando em gravação analógica, existe a possibilidade do álbum ser lançado em formatos físicos, como disco de vinil?
The Guapos: Sim, estamos aguardando, mas o nosso álbum vai sair em vinil sim! O selo que lançou o álbum nas plataformas digitais, One Little Blue Records, vai lançar no formato vinil provavelmente em outubro. Acho que não será lançado em CD.

3 – Rock Press: Quais bandas brasileiras e sul-americanas você conhece e quais novos nomes da cena underground dos EUA e do mundo você recomendaria aos brasileiros?
The Guapos: Adoramos Os Mutantes e Xuxa. Novas bandas que recomendamos: Geese (Estados Unidos), This is the Kit (Inglaterra), Oracle Sisters (Paris).

4 – Rock Press: Vocês estão em turnê na Espanha. Quais outros países estão na agenda da banda, e qual a possibilidade de shows no Brasil e América do Sul?
The Guapos: Depois da Espanha, nós já temos shows agendados no México em outubro e esperamos muito em breve tocar no Brasil e em outros países da América do Sul, com certeza. Individualmente, como artistas solo, temos muitos fãs na Argentina, no Chile… então acho que vai ser muito legal também levar o show do The Guapos para esses países.

Recomendamos…

Hey, a faixa título do álbum, foi o terceiro single. Antes, já tinham sido disponibilizadas “Soy Un Guapo” (com mais de 185 mil plays no Spotify) e “Nunca Te Quise”, (com mais de 24 mil acessos). #Recomendamos! – Michael Meneses!

THE GUAPOS – Redes Sociais:
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Agradecimentos: A Rock Press agradece a Ágata Cunha, por intermediar essa entrevista.

MICHAEL MENESES – É o editor da Rock Press deste 2017, criador do Selo Cultural Parayba Records, fotojornalista desde 1993, foi fanzineiro nos anos 1980/90, fotojornalista, jornalista e cineasta de formação, pós-graduado em artes visuais. Fotografa e escreve para diversos jornais, revistas, sites e rádios ao longo desses últimos 30 anos, também realiza ensaios fotográficos de diversos temas, em especial música, jornalísticos, esporte, sensual, natureza... Pesquisa, e trabalha com vendas de discos de vinil, CDs, DVDs, livros e outras mídias físicas. Michael Meneses é carioca do subúrbio, filho de pai paraibano de João Pessoa e de mãe sergipana de Itabaiana. Vegetariano desde 1996. Torce pelo Campo Grande A.C. no Rio de Janeiro, Itabaiana/SE no Brasil e Flamengo no Universo. Atualmente, dirige o filme, “VER+ – Uma Luz chamada Marcus Vini, documentário sobre a vida e obra do fotojornalista Marcus Vini.