Como quem estuda para passar, assim foi o show do Red Hot Chilli Peppers e que encerrou o Rock in Rio 2017. Não foi
uma aprovação espetacular, se comparado com outras passagens da banda pelo Brasil, também não chegou a ser reprovável como em 2001. A banda simplesmente fez o dever de casa, agradou ao povão, mas não aos fãs mais exigentes e antigos!
“Red Hot Chilli Peppers - Venceu, mas não Convenceu!”
Rock in Rio - 24/09/2017
Texto por: Michael Meneses / Fotos por: Eugenio Laurenzano/Estacio

Foi um show curto, repletos de hits, mas com a ausência de outros tantos sons, o que deixou a desejar, sobretudo por dois motivos:
1 - Sempre se espera algo fenomenal de um show de encerramento do Rock in Rio.
2 – Era o Red Hot Chilli Peppers, uma banda que desde sempre, teve a fama de fazer apresentações explosivas e cheias de energia.
Quem assistiu a shows como no Hollywood Rock em 1993, Rock in Rio 2011 e Circuito Banco do Brasil em 2015 só para citar alguns, há de reconhecer bem isso. Claro, que o show não foi tão fraco como no encerramento do Rock in Rio 2001. Alias, será isso? Será que o Red Hot é tipo aquele time de futebol que faz boa campanha durante o campeonato, cria toda aquela expectativa na torcida e na hora da final perde o título!? Preferimos pensar que não, que tudo é uma questão de coincidência, que bons shows vão acontecer, até porque a banda já esteve outras vezes no Brasil e no geral o saldo é positivo!
O show começou sem muita enrolação, algo até um tanto underground, simplesmente começou com Flea abusando do seu talento com o baixo, o que já valeu de introdução para “Can’t Stop”, que veio de forma explosiva, dando a impressão que o show seria épico, mas aos poucos o ritmo foi caindo e a esperança de um show arrasa quarteirão foi indo embora como num típico final de festa. Contudo diante de 100 Mil pessoas nem tudo vieram a soar como um copo de cerveja quente em final de festa, o instrumental da banda estava perfeito, o batera Chad Smith é foi uma das prova e mesmo que o vocalista Anthony Kiedis não estivesse 100% no pique não fez feio!
Porém, afinal com a banda tocando com o publico ao seu favor, o que deu errado? O erro principal foi Set-List muito curto, certamente cabiam no mínimo mais uns cinco sons, incluindo a clássica e sempre animada versão para “Higher Ground” do Stevie Wonder, um som que consegue agitar “Gregos e Troianos”, pois se a banda tocou “I Wanna Be Your Dog” do The Stooges que sempre agrada aos fãs “Old School”, mas deixa os fãs radiofônicos com questionando de; “Que som é esse!?” Por que não tocar “Higher Ground”?. Além desse, outro clássico que não pode faltar e que ficou de fora foi “Suck My Kiss”, Lamentável! 
Durante vários pontos do show na base do improviso os músicos brincavam no palco, tal brincadeira rendeu bons momentos, era algo livre, solto e que prova o quanto à banda é composta por excelentes músicos, assim como a essência apimentada da banda foi fundamental para influenciar o rock pós anos 80. Outro ponto positivo foi à banda tá com o publico ao seu favor, momentos como “Californication” e “By The Way” com todos pulando e cantando juntos com a banda era de fato espetacular, algo bom e bonito de se ver e ouvir. Outro momento bacana e que se tronou uma tradição em shows do Red Hot no Brasil são citações de sons clássicos da MPB, conduzidos pelo guitarrista Josh Klinghoffer e que valem como introduções para alguma música da banda, em 2015 durante o Circuito Banco do Brasil ele dedilhou “Irene” do álbum “1969” de Caetano Veloso, agora o dedilhado da vez foi “Menina Mulher da Pele Preta” do clássico “Tabua de Esmeralda” do Jorge Ben que introduziu “Under The Bridge”. Claro que em meio àquela massa essa observação é para poucos.
O bis veio com “Goodbye Angels” e “Give It Away”, encerrando o show (e o Rock in Rio 2017). Logo o clima de final de campeonato reinava na cidade do rock entre fãs radiofônicos comemorando um título e os fãs Old School do Red Hot Chilli Peppers com aquele gostinho de quero mais! – Michael Meneses – michaelmeneses@portalrockpress.com.br