O Akasha Rock Fest chega a sua 20ª edição neste domingo (26/01), e entre as atrações, Marília Zangrandi, multiartista carioca radicada em Portugal. Essa apresentação será a única da cantora no Brasil que terá a NoSunnyDayz como banda de apoio e que também toca no evento que ainda terá a banda Lumnia. Rock Press conversou com Marília Zangrandi na Coluna 1,2,3,4…
MARÍLIA ZANGRANDI:
De Portugal para o Akasha Rock Fest!
ENTREVISTA: Michael Meneses!
FOTOS: Divulgação
“Cantora, compositora, locutora, radialista e preparadora vocal, carioca de nascença e radicada em Lisboa, Marília é uma artista difícil de definir, e vem ao longo de sua carreira transitando por diversos estilos musicais e figurando parcerias com nomes de peso”. Assim se incia a apresentação de Marília Zangrandi em seu release promocional.
Porém, não para por aí, a cantora percorreu nove países ao lado de ninguém menos que vocalista Geoff Tate em shows comemorativos do álbum Operation: Mindcrime, do Queensryche (foto no topo). Em 2023 cantou com o Angra em Lisboa e fez participações em trabalhos do Human Fortress, Manunkind e Medjay.
Como falamos na introdução desse texto Marília Zangrandi é uma multiartista e também atuou em óperas, cantando de Monteverdi a Poulenc, na música pop, eletrônica e na MPB, tendo trabalhando com o compositor Fernando Moura, com quem lançou o EP Canções entre Mares (2022), e sua interpretação de “Bachianas Brasileiras Nº5”, de Heitor Villa-Lobos, para a novela Renascer, da Rede Globo (2024). Ainda em sua discografia, o single “Smoke and Mirrors” (2019), em parceria com Gus Soularis e o EP The Shadow Works, trabalho previsto para esse ano de 2025, e que dará inicio a um novo momento de sua carreira, onde passa a atender por: Eudoxia.
A estreia da sua nova fase e o show de lançamento de seu EP será em apresentação única no Calabouço Rock Bar (RJ), com o apoio da banda NoSunnyDayz na primeira edição do Akasha Rock Fest em 2025 e 20ª da história do evento. A Rock Press bateu um papo com a Marília Zangrandi aqui na coluna 1,2,3,4…
1 – ROCK PRESS / MICHAEL MENESES: Você é brasileira, porém vive em Portugal. Conta sua história artística ao leitores da Rock Press,…
Marília Zangrandi: Por formação sou cantora lírica, meu mestrado foi em Performance, e também sou locutora. Eu fui para Portugal há 7 anos, logo depois de ter cantado com o Geoff Tate pela primeira vez, e desde então foram mais de 20 apresentações com ele. E daí muitas outras coisas se desdobraram e também me descobri como compositora e letrista.
2 – ROCK PRESS: Além do Rock você navega por outros estilos musicais. Como isso influencia seu trabalho?
Marília Zangrandi: Por formação sou cantora lírica. E acho que esta é a escola que carrego na minha carreira no que quer que eu faça. Estudar canto erudito me ensinou que é necessário paciência e dedicação para fazer as coisas, e que o caminho para tudo está no aprendizado. Entender isto é a chave das coisas. Tudo que eu faço tem este olhar e esta atenção. Às vezes eu me travo mais do que faço, mas entender quando isso acontece também é parte do processo.
3 – ROCK PRESS: Estando em Portugal, como você vê a cena rock independente brasileira e como anda o rock português?
Marília Zangrandi: Eu acho a cena do rock independente brasileira das coisas mais bonitas que há, e queria de verdade que o público daqui reconhecesse o valor que ela tem. É muito variada, cheia de identidade e muito plural, com verdadeiras preciosidades, feita por gente que em sua esmagadora maioria tá enfrentando condições longe de serem razoáveis, porque realmente acredita na música e no rock. A gente é capaz de pagar o que for nos ingressos e nos artigos das grandes bandas, o que é lógico que eu entendo, mas não fortalece a cena local, não prestigia, não apoia e não estimula; passam mais tempo criticando os outros estilos ao invés de ouvirem os artistas que gostam, como se o problema fossem os outros fazendo a sua música. Bandas históricas começaram em garagens e clubes pé-sujo, e a gente acha todas essas histórias lindas de serem contadas, mas quando isso passa perto da gente, preferimos ignorar ou, pior ainda, criticar e desmerecer.
Sobre a cena portuguesa, eu preciso confessar que merecia mais minha atenção, ouvi pouco. Mas vejo similaridades com o que acontece por aqui, fãs e artistas carentes de uma indústria que melhor nos atenda e nos contemple.
4 – ROCK PRESS: Falando nisso, no show do Akasha Rock Fest, você será acompanhada pela banda carioca NoSunnyDayz. Qual sua impressão sobre o trabalho da banda e o que espera da apresentação?
Marília Zangrandi: Acho que a banda é um exemplo perfeito do que acabei de falar acima; bem entrosada e tem um som muito próprio, o que me deixa bastante animada e confiante. Faz tempo que não canto no Rio, e é a primeira vez que vou levar as minhas músicas para o público, incluindo meu EP inédito The Shadow Works, o que é uma oportunidade única tanto pro público, que vai ouvir em primeira mão, e quanto para mim, que aguardo ansiosa para ver como as pessoas recebem minhas composições. E tudo isso vai acontecer num palco histórico que é o do Calabouço, no Akasha RockFest que vem há 6 anos construindo uma trajetória sem igual.
5 – ROCK PRESS: Quais os planos para 2025? E, deixe uma mensagem aos leitores da Rock Press…
Marília Zangrandi: O primeiro e mais importante plano é finalmente lançar The Shadow Works. Era para ter sido no ano passado, mas não deu, e terminou que foi melhor assim, porque consegui regravar algumas coisas e termino apresentando ele em primeira mão para o público do Rio, mas já deu, já tá na hora de soltar pro mundo. Além disso, já to escrevendo meu próximo álbum, mas este vai ser mais dentro do metal melódico, com aquelas coisas que as pessoas esperam ouvir de mim faz tempo (risos). E compor mais, que é realmente uma paixão, e achar mais gente boa com quem trabalhar. À galera da Rock Press fica meu abraço! E lembrem-se, não joguem lixo na rua, comam seus vegetais, e fortaleçam a cena!
Marília Zangrandi no Akasha Rock Fest!
Com seis anos de atividades, o evento chega à marca de 20 edições e se pensarmos que o Akasha Rock Fest é uma iniciativa independente, isso é uma vitória em tanto. Méritos para a idealizadora Pity Portugal e equipe pelo trabalho. Outra marca do evento, é que a força do rock feminino sempre esteve presente no palco e na produção do Akasha Rock Fest.
Nessa edição, além da própria Marília Zangrandi, que terá como banda suporte a NoSunnyDayz, que também se apresenta no evento, a banda é um nome sempre presente aqui na Rock Press, como nessa entrevista (Leia).
Completando o cast, a banda Lumnia que segue promovendo o álbum Humanity Despair (2023). A niteroiense, Black Priest, estava no cast, porém por questões de saúde com um dos músicos, a banda precisou cancelar sua apresentação.
Recomendamos…
A 20ª edição do Akasha Rock Fest acontece nesse domingo (26), no Calabouço, em Vila Isabel, na zona norte carioca (veja serviço abaixo). É claro que #Recomendamos! – Michael Meneses!
MARILIA ZANGRANDI CONTATOS:
SITE: mariliazangrandi.rocks
SPOTIFY: www.spotify.com/mariliazangrandi
YOUTUBE: Marília Zangrandi –
FACEBOOK: Zangrandivoz
SOUNDCLOUD: mariliazan
INSTAGRAM: @mariliazangrandi
DEEZER: Marilia Zangrandi
AKASHA ROCK FEST – 20ª EDIÇÃO
SERVIÇO:
ATRAÇÕES: Marília Zangrandi, NoSunnyDayz e Lumnia
DATA: 26 de Janeiro de 2025 a partir das 18h
LOCAL: Calabouço Rock Bar – @calaboucorockbar – Rua Felipe Camarão, nº 130, Vila Isabel – Rio de Janeiro/RJ – Reservas pelo Whatsapp: 21 996001130
INGRESSOS: Antecipados com descontos no site da Zig.Tickets (AQUI) e no dia do evento (sem descontos) na bilheteria do Calabouço.
PRODUÇÃO GERAL: Pity Portugal @pityportugal
PRODUÇÃO e INFORMAÇÕES: @akasharockfest
GERENTE DE PRODUÇÃO: Simone Sas @simone_s.a.s
PRODUÇÃO DE PALCO: Diego Kupula @diegokupula
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Cássia Novello @cassnovello
TÉCNICOS DE SOM: Rodrigo Ferretti e Lucas Reale @rodrigoferretti @lucasreale_
FOTÓGRAFO OFICIAL: Ian Dias @diasphotograph
APOIO:
@riomaisrock
@agendarockrj
@portalrockpress
@headbangers_br
@rockstagebrasil
@bandasnovas
@viventeandante
@artecult
MICHAEL MENESES – É o editor da Rock Press deste 2017, criador do Selo Cultural Parayba Records, fotojornalista desde 1993, foi fanzineiro nos anos 1980/90, jornalista e cineasta de formação, pós-graduado em artes visuais. Fotografa e escreve para diversos jornais, revistas, sites e rádios ao longo desses últimos 30 anos, também realiza ensaios fotográficos de diversos temas, em especial música, jornalísticos, esporte, sensual, natureza... Pesquisa, e trabalha com vendas de discos de vinil, CDs, DVDs, livros e outras mídias físicas. Michael Meneses é carioca do subúrbio, filho de pai paraibano de João Pessoa e de mãe sergipana de Itabaiana. Vegetariano desde 1996. Em junho de 2021 foi homenageado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo vereador Willian Siri (PSOL/RJ), com monção honrosa por iniciativas no audiovisual e na cultura suburbana. Torce pelo Campo Grande A.C. no Rio de Janeiro, Itabaiana/SE no Brasil e Flamengo no Universo. Atualmente, dirige o filme, “VER+ – Uma Luz chamada Marcus Vini, documentário sobre a vida e obra do fotojornalista Marcus Vini e em julho de 2024, realizou a quarta edição do Parayba Rock Fest.
