LUCIFER IN RIO! Noite mágica na Lapa/RJ com Apnea e NoSunnyDayz!

Em clima do primeiro turno das eleições o Agyto (Lapa/RJ), recebeu os shows da NoSunnyDayz (RJ), Apnea (Santos/SP) e os alemães do Lucifer. Juntos realizaram apresentações surpreendentes. Saiba mais na matéria que segue!

NoSunnyDayz, Apnea e Lucifer

Agyto – Lapa – Rio de Janeiro/RJ
05 de outubro de 2024

TEXTO: Marcelo Pereira
FOTOS: Michael Meneses! e Marcelo Pereira

Era a véspera das eleições municipais e a Lapa respirava rock and roll, no Circo Voador, acontecia a edião 2024 do Festival Polifonia, enquanto o Agyto recebia apresentações das bandas NoSunnyDayz, Apnea e Lucifer. Meu dia foi triste, estava abatido com a morte da minha gatinha, a Lully. Porém, como em outrora já cantava a banda Made in Brazil, para confortar o coração e mente: “Deus Salva e o Rock Alivia”! Mas vamos aos shows…

NOSUNNYDAYZ – Abrindo o sábado festeiro, tivemos a banda carioca NoSunnyDayz, formada por músicos experientes e uma sonoridade bastante interessante, mesclando grunge ao melhor estilo do Alice in Chains, o som setentista do Black Sabbath com outras vertentes do rock. Vale conhecer e ouvir atentamente o conceituado “The Gray, The Black and What We Expect”, onde mostram um heavy/rock da melhor qualidade. Na ocasião, além das músicas já conhecidas da galera como “You Have a Piece of Me”, “Mantra”, “Meritocracy Wears Boots”, “The Jar”, e “Contagious” e o novo single “Take My Money”. Um show coeso e seguro como de costume. (A Rock Press já conversou com a banda, leia aqui).

APNEA – Em seguinda veio a santista Apnea, uma superbanda, formada por Maurício Boka (Ratos de Porão na bateria), Nando Zambelli (guitarra e backing vocals e ex-Garage Fuzz), Gabriel Imakawa (no baixo e da banda Jerseys) e Marcos Vinícius (vocal, guitarra e ex-Safari Hamburguers e Byside Kings na foto ao lado).

O som é uma mescla do rock dos anos 70 (percebemos influência de Michael Schenker nas guitarras) com os anos 90 (na pegada do grunge do Soundgarden e Alice in Chains) com stoner rock, heavy metal e hard psicodélico típico dos alemães da era do krautrock e outras vertentes. Boka parece um metrônomo ambulante, onde mostra toda sua técnica de baterista, que em contrapartida vai de encontro com o lado despojado do punk-hardcore que o tornou conhecido mundialmente. Sua precisão, pegada e atacou os tambores com maestria. Um detalhe, existem outras bandas com este mesmo nome, mas esta tem uma sonoridade bastante distinta.

O Apnea é uma banda coesa e bem entrosada, e este foi o primeiro show no Rio de Janeiro, e deixaram uma sublime impressão aos que estavam presentes. No repertorio, “Paper Cup”, “Undertow”, “Peacefully”, “Hope Springs Eternal”, “In Search of Peace”, “Deepness”, ”Highs and Lows” e “Bus Ride”. Que voltem mais vezes ao Rio, pois geral gostou! Dias antes desse show, entrevistamos o Boka na coluna 1,2,3,4… da Rock Press (leia aqui).

LUCIFER – Chegado a vez dos alemães e foi interessante ver a diversidade do público, tanto do lado feminino, quanto masculino, em relação ao vestuário típico dos heavys, alternativos, thrasher e death metal, um sinal eclético e entusiasta de uma banda que agrada a várias vertentes, indo dos blues ao metal extremo!

E, o que falar de Johanna Sudonis (vocal/teclado), Nicke Anderson (bateria), Martin Nordin e Linus Bjorklund (guitarras) e Harald Gothblad (baixo)? Simplesmente nada, e sim apreciar e vibrar com toda essa magia e energia.

Com sua mescla de influências de bandas marcantes dos anos 70 como Fletwood Mac, Steppenwolf, Blue Oyster Cult, Lucifer´s Friend, Deep Purple, Black Sabbath, assim como seus conterrâneos do Scorpions, temos uma sonoridade bem interessante. A vocalista e fundadora da banda, que existe desde 2014, tem o fascínio da magia que imperava na espiritualidade e ocultismo dos anos 70 e já teve problemas com entidades religiosas por conta do nome, mas categoricamente afirma que estes problemas existem principalmente na américa do norte e que países como Suécia e Alemanha não tem esse preconceito e, portanto, jamais mudariam de nome por conta da pressão do mercado.

Tem momentos parecendo mesmice sonora, mas diferentemente de uma sonoridade repetitiva, tem sempre esse ar nostálgico dos anos 70, que faz uma viagem agradabilíssima e torna-se atemporal. Algumas passagens musicais, nos levam ao feeling do krautrock, que faz recordar o período que considero mais importante do contexto da música, de uma forma generalizada, principalmente em se tratando do estilo do rock, que foi nos anos 70.

O baterista Nicke que costuma tocar com um chapéu à lá Cheap Trick é um multi-instrumentista. A Johanna é uma talentosa e simpática vocalista (e tecladista) e tem um domínio de palco onde a alcunha de “job leader” é natural.

O palco é pequeno e ficou apertado para a energia do quinteto, infelizmente cortaram duas músicas previstas no set (“Leather Demon” e “Coffin Fever”), com alguns fãs dizendo que era as que mais gostavam e tal, mas que de praxe costumam tocar umas 13 músicas e não tornar massiva a turnê. No Rio, o repertorio incluiu: “Crucifix(I Burn For You)”, “Ghosts”, “Midnight Phantom”, “A Coffin Has No Silver Lining”, “Wild Hearses”, “Fallen Angel!, “The Dead Don´t Speak”, “At The Mortuary”, “Slow Dance In A Crypt”, “Bring Me His Head”, “She´s So Heavy/Maculate Heart”, “California Son” e “Reaper On Your Heels”.

Saldo Positivo!

Dias antes desse show, havia a triste expectativa carioca de: “Será que vai ter público?” Sim, teve uma cabeçada e todos saíram felizes com as apresentações e a movimentação nas banquinhas de merchan também foi boa. Tudo isso inspirou boas rodas de conversas no pós shows, regados à típica gastronomia da Lapa.

Quanto ao Lucifer, a banda seguiu pelo Brasil com shows em Belo Horizonte/MG e em São Paulo (capital), o Apnea se apresentou já no dia seguinte (06/10) em São Jose dos Campos/SP e a NoSunnyDayz é uma das atrações do Tomarock Live Sessions dia 11 de outubro no Heavy Beer (RJ). E, como falamos acima: “Deus Salva e o Rock Alivia” (dos piolhos eleitos no dia seguinte)! – Marcelo Pereira.

MARCELO PEREIRA – Fotógrafo e cinegrafista, roqueiro fanático do rock, metal extremo ao progressivo, que colaborou com sites e revistas nacionais e estrangeiras, zineiro, colecionador, propulsor de divulgação do metal nacional, tape-traders, estudou rock jamais imaginando ter universidade do rock e um não repórter que faz o que faz porque ama, pois não vive disso, mas o rock pulsa nas veias!

MICHAEL MENESES – É o editor da Rock Press deste 2017, criador do Selo Cultural Parayba Records, fotojornalista desde 1993, foi fanzineiro nos anos 1980/90, jornalista e cineasta de formação, pós-graduado em artes visuais. Fotografa e escreve para diversos jornais, revistas, sites e rádios ao longo desses últimos 30 anos, também realiza ensaios fotográficos de diversos temas, em especial música, jornalísticos, esporte, sensual, natureza... Pesquisa, e trabalha com vendas de discos de vinil, CDs, DVDs, livros e outras mídias físicas. Michael Meneses é carioca do subúrbio, filho de pai paraibano de João Pessoa e de mãe sergipana de Itabaiana. Vegetariano desde 1996Em junho de 2021 foi homenageado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo vereador Willian Siri (PSOL/RJ), com monção honrosa por iniciativas no audiovisual e na cultura suburbana. Torce pelo Campo Grande A.C. no Rio de Janeiro, Itabaiana/SE no Brasil e Flamengo no Universo. Atualmente, dirige o filme, “VER+ – Uma Luz chamada Marcus Vini, documentário sobre a vida e obra do fotojornalista Marcus Vini e em julho de 2024, realizou a quarta edição do Parayba Rock Fest.

Respostas de 2

  1. Matéria muito bem escrita pelos apaixonados do Rock.
    Long Live Rock’roll!!!!!!!!!!
    Parabéns aos autores da matéria.

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