Ainda em ritmo de Copa do Mundo, Djongador vestiu a camisa e fez mais dois golaços no Circo Voador. Nas noites dos dias 16 e 17 de dezembro, o rapper mineiro encerrou sua agenda do ano com dois shows repletos de hits. A apresentação contou com a abertura do grupo X Sem Peita e DJ Jô Marçal. A Rock Press esteve lá no sábado (17/12) e conferiu.
Djonga + X Sem Peita + DJ Jô Marçal
Circo Voador – 17 de dezembro de 2022
TEXTO: Julia Gomes
FOTOS: Cadu Oliveira
“Vai abrindo a roda aí”, disse Djonga, ainda com as luzes apagadas. Com muita empolgação, vestido de branco, óculos escuros e guias no pescoço, o rapper abriu o show com a faixa “TôBem”, do seu recém-lançado álbum “O Dono Do Lugar” (2022). Acompanhado do seu DJ e produtor Coyote Beatz, o MC desfilou por várias outras faixas de sucesso, tais como “Nós”, “Contatin” e “Conversa Com Uma Menina Branca”, todas cantadas em coro.
De começo, a apresentação foi dedicada aos corações apaixonados. Com muito carinho e carisma, Djonga demonstrou atenção aos fãs mais próximos, interagindo com a plateia em diversos momentos. Ele recebeu camisa do Brasil com o número 13, pediu ao público para acenderem as luzes dos celulares e isqueiros na música “Penumbra” e mais… convocou alguns casais para subirem ao palco em sua canção mais romântica, “Leal”. Nessa hora o rapper deu a oportunidade para um pedido de casamento inesperado, e ao final da música, aproveitou a presença de uma aniversariante no palco e cantou parabéns abraçado com ela.
Como era de se esperar, Djonga lotou o Circo Voador. Ainda antes da entrada do rapper, os fãs esticaram uma bandeira presa à grade do segundo andar escrito “Família Djonga”. Nos anos de 2017 e 2018, o MC lançou dois álbuns de sucesso, que foram considerados uns dos melhores pela Rolling Stone e indicado para o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). Sem perder o foco, o artista continuou a lançar seus discos, sempre na mesma data 13 de março: “Ladrão”, “História da Minha Área”, “Nu” e “O Dono do Lugar”. Com todos esses sucessos, não foi difícil fazer com que a plateia cantasse do início ao fim.
Ao dizer que o Circo Voador estava sendo o melhor lugar para fechar o ano, Djonga inicia a segunda parte de seu show. Já veio com uma sequência de alguns hits gravados com participações de outros rappers, tais como Sidoka na faixa “Ufa”, o carioca BK em “O Mundo é Nosso” e logo após, destaque para faixa com os MC Borges e MC FBC, “Gelo”. Com uma pegada mais direta, o rapper cantou os seus primeiros lançamentos, o que provocou a agitação do público e confirmou que a plateia de fato conhece bem o trabalho do artista…
Sem perder o ânimo e a sinergia com o pessoal, Djonga acelera para a parte final. “A Música da Mãe”, “Bença” e “Até Sua Alma” (canção em parceria com a dupla Tasha e Tracie, de seu novo álbum), também fizeram parte do setlist, recheada de sucessos. A última pedrada ficou por conta de “Olho de Tigre”, lançamento que mudou a história do rapper, pois foi com ela, lançada pela Pineapple Storm TV, que o MC atingiu grandes números em sua carreira. Nessa hora, Djonga convidou os amigos do X Sem Peita (foto ao lado) ao palco e, na emoção do momento, o MC desceu no meio da plateia em cima do ombro de um dos integrantes do grupo. O artista agradeceu e desejou um ótimo fim de ano a todos. “Vocês são foda Rio de Janeiro”, disse Djonga ao sair do palco. – Julia Gomes.
Cadu Oliveira – Jornalista, pós-graduado em Jornalismo Cultural (UERJ). Criador do blog Hempadão e rapper com vulgo EXPLICA. Colecionador de vinil há quase 20 anos. Repórter colaborador da Rock Press.
Júlia Gomes – É Natural do Rio de Janeiro, dançarina de ballet, jazz, dança de salão e hip-hop. Interessada em Rock, Rap e MPB. E colaboradora da Rock Press. Seu instagram é @gms_21.