No aniversário de Joinville, dia 9 de março, a Chicletour 20 Anos aportou pela cervejaria River Falls, a fim de celebrar mais de duas décadas de labuta, tanto da carioca Carbona e quanto da curitibana Magaivers, tocando na íntegra seus mais emblemáticos discos: “Taito não engole ficha” (2003) e “Praticamente Réptil” (2007), respectivamente. A noite ainda contou com os paulistas do Rosa Tigre e um “bailinho” com a local THC. Saiba mais, na resenha que segue.
CHICLETOUR 20 ANOS: THC(SC) + Rosa Tigre(SP) + Magaivers(PR) + Carbona(RJ)
Cervejaria River Falls Joinville/SC
3 de março de 2023
TEXTO: Max Merege
FOTOS: Leonardo Gonçalves e Max Merege
Não se trata de entretenimento ou mero escapismo das agruras da vida, mas de esperança mesmo. Não de uma volta aos “bons tempos”, mas da vinda de tempos melhores a partir do que nos foi legado de mais especial.
A casa abriu às 17h e de cara já rolou showzinho do THC, uma banda local que apesar de ter bons músicos, deixava a desejar por conta de um repertório de covers para lá de manjados (esperamos vê-los logo com bom material próprio!).
Uma breve pausa para ajustes técnicos do palco, no som muito charme carioca (!!!) e sons igualmente dançantes, temos a agradável presença banda paulista Rosa Tigre, que entregou um show redondinho, recheado de carisma, canções puxa-puxa, deliciosamente divertidas e uma presença de palco impecável, capitaneada pelo Magno, uma espécie de Brutus do bem, prafrentex-transadão. Em aproximadamente 1 hora de show, tamanha foi a curtição que o tempo passou num zas, deixando gostinho de quero mais.
Em seguida foi a vez do Magaivers, antológica banda curitibana que merece toda nossa reverência, sob a batuta do guitarrista e vocalista Rodrigo Porco, uma espécie de Lestat do pop-punk bubblegummer, já nunca ficará velho, e que tem na bateria ninguém menos que Ivan Rodrigues, um misto da elegância de Hal Blaine com a sutileza de um Keith Guster e a estrondosa energia retumbante de um Phil “Animal” Taylor; já o coração pulsante da banda é precisamente compassado com maestria absoluta pelo baixo do grande Luis Lammel. Como comentado antes, mandaram todinho o disco “Praticamente Réptil”, de 2007, inclusive com participações de Henrique Radke do Carbona e toda uma turba ensandecida que subiu ao palco para animar a festa.
Fechando a noite, o headliner Carbona, cuja reputação o precede, destrinchou todo seu disco “Taito Não Engole Fichas”, que comemora 20 anos em 2023, de um modo tão aprazível e num mood tão gostoso que passava ao público a mesma sensação de curtir pela primeira vez um “Dookie!” ou um “Out Come The Wolves”. Não se tratava apenas da experiência de músicos como Henrique Badke (guitarra e voz), Melvin Ribeiro (baixo e voz) e o lendário Fred Castro na bateria, mas de um grande evento a se guardar para sempre, inclusive quando no próprio River Falls era possível encontrarmos famílias inteiras curtindo aquilo tudo como uma verdadeira festa que era.
Findando este review e na esperança de cobrir mais eventos igualmente aprazíveis, expresso aqui meus agradecimentos ao James Jimenez e ao Rafael Pinguim por todo o suporte, à caríssima Robbie Nabuco, ao Rubens Herbst por sua presença Mystyca, ao Ivan, ao Marçal Balioli e Dian Machado por me manterem atualizado. – Max Merege.
Max Merege, Brasileiro, quarentão, curitibano, pantaneiro, gateiro expatriado de Mury/RJ, atualmente vivendo em Joinville/SC, Psychobilly, Garageiro, Sk8rocker, fã do Cara de Porco, do Poindexter e discípulo de Os Disstantes, RockPresser há uns bons aninhos, hoje à frente do AcePEEP – junto com minha sócia M33 Card, pela PEEPfm sempre aos sábados, 21h. OUÇA EM: PEEPfm.com