CAPITAL INICIAL: Sold Out No Qualistage (RJ)

Em turnê pelo Brasil o Capital Inicial celebrou os 25 anos do Acústico MTV, disco divisor de águas em sua história, em noite repleta de nostalgia, convidados especiais e casa cheia no Rio de Janeiro. Os alunos da School of Rock e o músico Yohan Kisser fizeram os shows de abertura. A Rock Press conferiu…

CAPITAL INICIAL,
YOHAN KISSER e SCHOOL OF ROCK

Qualistage – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro/RJ
31 de Maio de 2025

TEXTO: Jonathan Assis e Thais Morello
FOTO: Jonathan Assis

Na última noite do mês de maio, o calendário se alinhou para uma ocasião especial na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em comemoração aos 25 anos do clássico Acústico MTV, gravado em 2005, o Capital Inicial que segue em turnê pelo Brasil (veja datas ao final dessa matéria), entregou um show épico, repleto de sucessos e surpresas, e em um Qualistage LOTATO.

School of Rock e Yohan Kisser

Em uma bela iniciativa a primeira atração da noite surgiu graças a uma parceria com a School of Rock, que levou seus alunos, incluindo crianças, jovens e adultos. Um excelente currículo para esses jovens músicos e um momento emocionante para todos, era um tanto poético ver as pessoas celebrando seus filhos, familiares e amigos, aliais, no mesmo palco por onde já passou espetáculos históricos que vão de Donna Summer (show inaugural), Yes (primeiro show de rock), e memoráveis apresentações nacionais e internacionais como Iron Maiden, Ozzy Osborne, a Opera Tommy…

Em seguida, a apresentação ficou por conta do multiartista Yohan Kisser (foto), filho de Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura. Acompanhado pelos músicos Guto Passos (baixo) e Willian Paiva (bateria), Yohan comandou os vocais e a guitarra em um show energético, mesclando músicas em inglês e português. Acostumado com o palco a performance de Yohan Kisser foi cheia de atitude, o aquecimento perfeito para a maratona de nostalgia que estava por vir.

Capital Inicial
Acústico 25 Anos in Rio!

Por volta das 22h, após clássicos oitentistas como “Living On a Prayer” (Bon Jovi) e “Sweet Child O’ Mine” (Guns N’ Roses) ecoarem pelo som ambiente, as luzes se apagaram e o primeiro acorde soou. Uma iluminação suave trouxe o clima intimista esperado para o formato acústico, ainda que a euforia do público inevitavelmente rompesse essa “calmaria”.

“Passageiro” (versão da banda para o clássico do Iggy Pop), abriu o repertório e, em sequência, vieram “O Mundo”, “Todas as Noites” e “Tudo Que Vai”. Na icônica “Independência”, a plateia acompanhou em uníssono: “Procuramos independência, acreditamos na distância entre nós…”. Dinho Ouro Preto comentou sobre o início despretensioso do projeto acústico e celebrou o momento histórico da noite. Na sequência, apresentou “Leve Desespero”, primeira música composta pela banda, que levou três meses para ser finalizada.

Em “Eu Vou Estar”, Dinho convidou ao palco Marcelo Sussekind, amigo de longa data, produtor musical e vocalista e guitarrista da lendária banda Herva Doce, que contribuiu com riffs e solos marcantes. Dinho também surpreendeu uma fã, pegando emprestado seu celular para filmar a música inteira em modo selfie, um registro único do palco e da plateia.

Seguiram com “Cai a Noite” e “Fogo”, diminuindo um pouco a dinâmica, mas mantendo o público conectado, cantando os refrões com entusiasmo.

Surpresas e Clímax da Noite

Dinho anunciou que até ali estavam reproduzindo o Acústico MTV na íntegra, mas que o setlist ganharia novos ares. Os primeiros acordes de “Olhos Vermelhos” elevaram a energia, preparando o terreno para o ponto alto da noite: “Primeiros Erros”. A plateia respondeu à altura, cantando cada verso do início ao fim. O momento foi tão marcante que Dinho repetiu o último refrão em BIS, buscando guardar para si um pouco daquela atmosfera mágica.

“Mais” e “Fátima” vieram na sequência, sendo esta última composta pelo baixista Flávio Lemos, levando o público foi ao delírio. Em “Veraneio Vascaína”, a banda trouxe uma pegada mais percussiva, destacando o talento do percussionista Denny Conceição. Logo após, “Música Urbana” reacendeu a nostalgia com seus versos fortes e atuais: “Contra todos e contra ninguém, o vento quase sempre nunca tanto diz…. “Como Devia Estar” precedeu “Depois da Meia-Noite”, hit mais recente que teve os jovens da plateia como protagonistas no coro. A emblemática “Natasha” trouxe à tona a representatividade feminina no público, que cantou em peso. Com isso, a banda anunciou uma breve pausa antes do bloco final.

Encerramento com Chave de Ouro

Ao retornar ao palco, o público reagiu como se o show estivesse apenas começando. “Algum Dia”, “Quatro Vezes Você” e o grande encerramento com “À Sua Maneira” fecharam o set principal em grande estilo. Apesar de ser um cover de “De Música Ligera”, da banda argentina Soda Stereo, o Capital imprime sua identidade na versão abrasileirada com rebeldia e atitude. O solo de Yves Passarell no violão rivalizou em intensidade com a versão elétrica original, prova de que a essência do rock permanece viva, mesmo em um formato acústico. Porém, ainda havia espaço para mais uma surpresa…

“Que País É Esse?”

Os acordes de “Que País É Esse?” tomaram o ambiente e a plateia explodiu em coro: “Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado…”. A canção trouxe uma descarga emocional intensa e reflexiva, com o público respondendo aos refrões com fervor. Apesar de manifestações políticas divergentes ecoarem, revelando uma divisão de opiniões, o encerramento manteve o clima aceso e inesquecível.

Dinho Ouro Preto (voz), Fê Lemos (bateria), Flávio Lemos (na foto, baixo), Yves Passarell, Fabiano Carelli e Kiko Zambianchi (participação especial) nos violões, Nei Medeiros (teclados) e Denny Conceição (percussão) entregaram um espetáculo redondo, enérgico e memorável.

Ao fim, muitos ainda deixavam o local cantarolando refrões que marcaram gerações, sinal de que o Capital Inicial segue sendo trilha sonora de muitas histórias. — Jonathan Assis.

SETLIST:
1 – O Passageiro
2 – O Mundo
3 – Todas As Noites
4 – Tudo Que Vai
5 – Independência
6 – Leve Desespero
7 – Eu Vou Estar
8 – Cai a Noite
9 – Fogo
10 – Olhos Vermelhos
11 – Primeiros Erros
12 – Mais
13 – Fátima
14 – Veraneio Vascaína
15 – Música Urbana
16 – Como Devia Estar
17 – Depois da Meia Noite
18 – Não Olhe Pra Trás
19 – Natasha

BIS:
20 – Algum Dia
21 – Quatro Vezes Você
22 – A Sua Maneira
23 – Que País é Esse?

CAPITAL INICIAL – TOUR BRASIL 2025

JUNHO:
07/06 – São José – Florianópolis/SC
14/06 – Curitiba/PR
21/06 – Campo Grande/MS
27/06 – Maringá/PR
28/06 – Londrina/PR

JULHO:
04/07 – Juiz de Fora/MG
05/07 – Piracicaba/SP
12/07 – Festival Prime Rock – Belo Horizonte/MG
18/07 – Jundiaí/SP
19/07 – Divinópolis/MG
25/07 – Goiânia/GO

AGOSTO:
02/08 – Jaguariúna/SP

SETEMBRO:
27/09 – Patos de Minas/MG

OUTUBRO:
03/10 – Lauro de Freitas/BA
25/10 – Vitória/ES
31/10 – Rio Verde/GO

NOVEMBRO:
01/11 – São Paulo/SP
15/11 – São Paulo/SP
29/11 – Toledo/PR


Jonathan Assis 
é carioca, comunicólogo, publicitário, músico, ator, fotógrafo, movido a descobertas sonoras e sua banda é a Benkens!

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