ROCK IN RIO 2024: Journey – Expectativa versus Realidade!

Após décadas de espera, o Journey finalmente desembarcou no Rio de Janeiro. Mesmo levantando o público do Rock in Rio com alguns clássicos, o set foi marcado por problemas técnicos, o que acabou sendo uma das causas da performance abaixo da média do vocalista Arnel Pineda.

Journey – Palco Mundo – Rock in Rio

15 de Setembro de 2024

TEXTO: Jonildo Dacyony
FOTOS: Adriana Viera/Rock On Board e Ariel Martini/Moriva Filmes

Que o caro leitor nos perdoe, não só por dizer o óbvio, mas trata-se de um óbvio que está todo mundo dizendo. Contudo, existem certas obviedades que precisam ficar registradas, e essa é uma delas: o Journey, uma das bandas que conseguiram tocar o seu maior hit até em rádio AM por essas bandas na década de 1980, nunca havia pisado em terras tupiniquins antes do século XXI.

Dito isto, outra obviedade é que, o fato de os californianos só terem uma única passagem por aqui, com uma apresentação em São Paulo, em 2011, fez com que galera 40+ se cobrisse de expectativas sobre o que esperar do show, ainda que todos saibam que o auge da banda já passou há bastante tempo, e mesmo que os mais antenados estejam a par das tretas internas, envolvendo o guitarrista Neal Schon e o tecladista/guitarrista Jonathan Cain, por questões financeiras. Na verdade, esses elementos adicionaram um ingrediente a mais às expectativas dos fãs.

Não se pode culpar os fãs que, porventura expressavam alguma ansiedade exacerbada, até porque, a banda desembarca aqui com cinco décadas de carreira nas costas e com um hit (Don’t Stop Believin), lançado em 1981, considerado como maior canção de todos os tempos nos EUA, além de ter sido a faixa mais vendida na história do iTunes em 2009.

A apresentação estava marcada para ter início as 19h, no palco Mundo, onde Os Paralamas do Sucesso já haviam feito o show de abertura. O grupo iniciou com poucos minutos de atraso executando “Be Good to Yourself”, seguida de “Stone in Love” e “Line of Fire”. Nestas três canções que deram início ao set, já dava para notar que o grande público presente na Cidade do Rock não estava familiarizado com o repertório dos caras, mas para além de não serem grandes conhecedores das canções, as pessoas pareciam apáticas, o que foi acentuado pela falta de carisma do vocalista Arnel Pineda.

Seguiram com “Dead or Alive”, “Faithfully”,  “Open Arms” e “Lovin’, Touchin’, Squeezin'”, e a essa altura, além de parte do público preferir ir pegar uma cerveja em alguns dos inúmeros bares espalhados pela Cidade do Rock, Pineda já demonstrava que não estava em seus melhores dias. Nem o carisma e boa performance dos “tretados” Schon e Cain conseguia levantar o público. 

“Wheel in The Sky”, onde os músicos fizeram algumas improvisações, no melhor estilo jam session, quase conseguiu empolgar o sonolento público, mas quem brilhou mesmo foi o batera Deen Castronovo quando assumiu os vocais em “Lights”. Esbanjou o carisma e a técnica ausentes na performance de Pineda, que voltou ao palco em seguida para a reta final do show que foi composta por três dos maiores clássicos da banda: “Separate Ways (Worlds Apart)”, a mais esperada da noite, “Don’t Stop Believin” que, dizem as más línguas, foi prejudicada pela má forma de Pineda, e “Any Way  You Want It”, encerrando uma noite que, para muitos, foi uma enorme frustração, após tantos anos de espera. – Jonildo Dacyony.

Rock Press no Rock in Rio 2024:

O Portal Rock Press novamente marca presença na edição de 40 anos do festival com a equipe: Michael Meneses, Leozito Rocha, Jonildo Dacyony, Lu Valiatti, Cadu Oliveira, Kesley Meneses e Mariana de Menezes. Acompanhe nossa cobertura em nossas redes sociais, e aqui no site. Nos vermos lá e nos conectamos aqui em Rock PressACESSE: https://portalrockpress.com.br/festivais/rock-in-rio/

SIGA:
YOUTUBE: www.youtube.com/@portalrockpress
FACEBOOK: www.facebook.com/portalrockpress
INSTAGRAM: www.instagram.com/portalrockpress

Jonildo Dacyony é nascido em Natal-RN e criado na capital do Rio de Janeiro, portanto, um potiguar/carioca. Apaixonado por cinema, teatro, literatura, música, vinhos, cervejas e pelo Flamengo. Tem mais de três décadas de rock’n’roll, é profissional de hotelaria e food & beverage, além de ser graduado em História e em Geografia e pós-graduando em geopolítica.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook

- Anúncios -

Instagram

Twitter

O feed do Twitter não está disponível no momento.

Youtube