Evanescence supera problemas técnicos iniciais, e entrega apresentação com requinte e engradece o “Dia do Rock” no festival, mesmo com um set menor que o habitual, o que não deixou de arrancar lagrimas dos fãs!

Evanescence – Palco Mundo – Rock in Rio
15 de Setembro de 2024
TEXTO: Jonildo Dacyony
FOTOS: Rita Seixas/Moriva Filmes e Ian Dias/Headbangers BR
Não vamos falar aqui sobre as inúmeras críticas e reclamações feitas por parte da mídia especializada e pelos “troozões” e/ou “tiozões” do rock/metal. Até porque, todo mundo está cansado ou careca (ou ambas as coisas) de saber que toda edição do Rock in Rio tem a já tradicional choradeira a respeito do line up do festival.


A despeito dos fatores acima mencionados, é inegável que o Evanescence era uma das atrações mais esperadas, não só do “Dia do Rock”, mas de todo o cast escalado para o evento. Após a passagem pelo Rock in Rio Lisboa, em junho, ocasião em que a banda apresentou um set no qual deu ênfase ao álbum “The Bitter Truth”, de 2021, seu último trabalho de estúdio, a expectativa era se reproduziriam o mesmo script ou se haveria alguma modificação em relação ao show da versão lusitana do festival. Essa expectativa era reforçada também pelo fato de a banda ter comemorado os vinte anos do seu álbum de estreia, o multiplatinado “Fallen”, que vendeu algo próximo a vinte milhões de cópias ao redor do planeta, com shows memoráveis, tendo passado pelo Brasil em 2023 (relembre AQUI a apresentação em Belo Horizonte/MG). É difícil ver algum fã de rock daquela geração que não conheça o refrão de, pelo menos, quatro músicas daquele play.
Mas como nem tudo é perfeito e vida de fã não é fácil, os problemas técnicos começaram antes mesmo de os músicos subirem ao palco. Amy Lee e cia. estavam programados para tocar após o Journey no palco Mundo e a apresentação estava programada para ter início assim que o show do Incubus, no Palco Sunset, terminasse. Contudo, as imagens projetadas nos telões travaram e, aparentemente, houve um problema também no som, o que fez com que o início do show sofresse um atraso de, pelo menos, quinze minutos, o que acentuou mais ainda ansiedade dos fãs.


Depois de “reiniciarem a máquina”, por assim dizer, o público ouviu a intro “Artifact/The Turn” e o primeiro a dar as caras foi o carismático baterista Will Hunt. Logo, os demais músicos, seguidos pela diva Amy entraram em cena para começarem com “Broken Pieces Shine”, ” Made of Stone” e “Yeah Right”. Depois de uma breve saudação, Amy, que trazia uma pequena bandeira do Brasil pintada no rosto, emendou “Going Under”, o primeiro grande momento do show, obviamente cantada em uníssono pelo público.
Seguiram com “The Game is Over”, “My Heart is Broken”, “Wasted on You”, “The Change” e “Take Cover”. “Better Without You” veio logo após a intro “End of the Dream”, então, Lady Lee foi até o piano, e após uma breve mensagem, que além de esbanjar sororidade, mais se assemelhava a uma frase motivacional, digna dos mais célebres coachs, mandou “Call Me When You’re Sober”, outro momento catarse da noite.

Vale destacar a performance da baixista Emma Anzai, cujos backing vocal encaixam perfeitamente com a voz de Amy. Após esse momento, veio “Imaginary” e mais uma breve fala antes de “Use My Voice”, com “Blind Belief” na sequência, e então, a cantora foi mais uma vez ao piano e executou “My Immortal” que levou alguns fãs mais emocionados às lágrimas, para chegar ao “grand finale” com o incontestável clássico do repertório da banda “Bring Me to Life”, cuja parte rap, ao que parece, Amy Lee desistiu de suprimir. Quem conhece essa história, sabe do que estou falando. (Pra quem não pegou a referência, explico: a parte flow (rap) da versão original da canção, cantada por Paul McCoy, vocalista da banda 12 Stones, foi adicionada por imposição da gravadora à época).
Enfim, apesar de a apresentação ter sido notoriamente prejudicada pelo atraso causado pelos problemas técnicos, nada conteve a empolgação dos fãs. Alguns sentiram falta de “Everybody’s Fool”, mas no geral, saíram satisfeitos, até por se tratar de uma apresentação de menos de uma hora e meia. O que passar disso, é mimimi de hater. – Jonildo Dacyony.
Rock Press no Rock in Rio 2024:
O Portal Rock Press novamente marca presença na edição de 40 anos do festival com a equipe: Michael Meneses, Leozito Rocha, Jonildo Dacyony, Lu Valiatti, Cadu Oliveira, Kesley Meneses e Mariana de Menezes. Acompanhe nossa cobertura em nossas redes sociais, e aqui no site. Nos vermos lá e nos conectamos aqui em Rock Press! ACESSE: https://portalrockpress.com.br/festivais/rock-in-rio/
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Jonildo Dacyony é nascido em Natal-RN e criado na capital do Rio de Janeiro, portanto, um potiguar/carioca. Apaixonado por cinema, teatro, literatura, música, vinhos, cervejas e pelo Flamengo. Tem mais de três décadas de rock’n’roll, é profissional de hotelaria e food & beverage, além de ser graduado em História e em Geografia e pós-graduando em geopolítica.
Uma resposta
Que texto maravilhoso! Já era de se esperar, vindo de um Grande cara. Parabéns