O ano de 2024 foi repleto de eventos e o bom fluxo segue forte neste ano novo. No Rio de Janeiro, uma iniciativa, é a edição 2025 do Festival Bonde Verão que acontece aos sábados de janeiro no O Pecado Mora ao Lado. Uma das atrações, é a banda Vicejo, com quem a Rock Press conversou na coluna 1,2,3,4…
VICEJO: Folk Rock Dançante!
ENTREVISTA: Michael Meneses!
FOTOS: Divulgação
Eventos independentes marcaram a agenda cultural do ano de 2024 por todo o Brasil e isso ninguém pode negar. Foi um ano cheio de opções que movimentaram a cultura underground e o rock como um todo. No Rio de Janeiro, foram diversas opções que promoveram o rock autoral. Da zona sul ao subúrbio, da capital ao interior teve eventos para todos os gostos. Uma dessas iniciativas, foi o Festival Bonde Verão que volta a acontecer em janeiro reunindo 20 bandas de diferentes estilos (veja programação completa abaixo).
Entre as atrações, da primeira semana, haverá show do quinteto carioca Vicejo, banda em atividade desde 2019 e formada por Roani Rock (vocal, violão de 12 cordas e guitarra), Lucas Ferreira (Bateria e vocais), Rafael Estrada (guitarra base), Victor Slaib (guitarra solo de 7 cordas e vocais) e André Falcão (baixo e vocais). Segundo o próprio release, seu som é um “Folk Rock Dançante”, ou mesmo um “Power Pop” graças ao som totalmente elétrico e influências como Oasis, Foo Fighters, Green Day, Neil Young, Pink Floyd, Barão Vermelho, Beto Guedes e outros nomes.
Em sua discografia inclui o single “Amanhã é Dia” (2023) e o EP “Uma Chance (Pode Ser A Única Da Vida)” lançado em 2024. Ambos os trabalhos colocaram a banda em apresentações no TLT Bar, La Esquina, Garage Grindhouse, Mississipi Delta Blues, Espaço 09, Akasha Rock Fest, La Catedral e em julho de 2024 a Vicejo esteve presente no evento das 100 bandas na Rua Ceará celebrando o Dia Mundial do Rock em apresentação no Palco da Bonde Music (foto acima).
A Rock Press aproveitou a apresentação no Bonde Music Verão 2025 para um papo com a banda Vicejo na Coluna 1,2,3,4…
ENTREVISTA COM A BANDA VICEJO!
1 – ROCK PRESS / MICHAEL MENESES: Conta um pouco da história da banda para os leitores da Rock Press e explica a origem do nome da banda…
ROANI ROCK / VICEJO: Eu (vocal), Rafael Estrada (guitarra base) e Victor Slaib (guitarra solo) nos conhecemos na época da escola e formamos a Guest. Eu tinha por volta dos 16/17 anos e eles 15/16. Simultâneo a isso, entrei para a São Rock & Os Inexoráveis, banda dos meus primos, como backing Vocal. Nessa banda, o André Falcão (baixista) fez parte nos dois últimos anos e ficou até o final em 2016. Por circunstâncias da vida, nenhum dos grupos teve uma vida longa, mas seguimos nos aperfeiçoando em nossos instrumentos e em outros projetos. Em 2018, o Victor me chamou para fazer parte de um grupo novo que ele estava formando com o talentoso guitarrista Mauro Machado, a Machados de Mauro, para um evento do youtuber Lucas Stuvok, onde tocamos alguns clássicos do rock. O cara gostou tanto que pediu para a banda tocar em outros três eventos da sua marca Deslegendário. No terceiro dessa sequência, que ocorreria em 2019, o Mauro declinou de continuar fazendo, e por conta disso assumi a frente convocando o André para o baixo e o baterista Lucas Ferreira, que conheci na mesma escola em que estudei com Victor e Rafael, e que se tornou um grande amigo de cantoria em karaokês, para formarmos um grupo com capacidade de tocar um show de 1 hora com apenas 3 ensaios no período de um mês. O show foi no La Esquina onde tocamos um repertório mesclado de covers e algumas músicas da época da Guest como ‘Rockshow’ e ‘Joana’, músicas que até hoje estão presentes no nosso repertório. Foi o primeiro show da Vicejo e a banda era composta por mim nos vocais e violão de doze cordas, Victor Slaib na guitarra de 7 cordas, André no baixo e o Lucas Ferreira na bateria e backing vocals. Tivemos uma pausa mediante a pandemia, voltamos em 2022 e com o tempo passei a tocar guitarra. O som ficou mais pesado, mas em 2024 decidimos trazer o Rafael para me dar mais liberdade no palco, me concentrando só em cantar e ele fazendo a guitarra base, o que certamente trouxe ainda mais qualidade, além do fator nostálgico de dividir o palco juntos novamente. O nome da banda surgiu na minha tentativa de conseguir um nome diferente do meu a tempo da apresentação no La Esquina. Minha mãe, Tania Sento Sé, numa tentativa de me ajudar, veio com a palavra Vicejo, ela trouxe Vicejo com a dica de que era a união das sílabas dos nomes dos meus sobrinhos; Vinícius, Cecília e João – respectivamente. Mas ela também trouxe a informação de que a palavra existe e tem o significado de vitalidade e exuberância.
2 – ROCK PRESS: Fugindo um pouco do padrão, vocês usam uma guitarra de 7 Cordas. Por que essa opção?VICTOR SLAIB: A ideia das sete cordas é uma herança do último projeto de metal que toquei. Me acostumei com as possibilidades de brincar com os timbres mais graves. A sétima corda está afinada em Lá, e dão muitas possibilidades para o nosso repertório autoral.
3 – ROCK PRESS: Como vocês estão vendo a atual cena independente nacional e carioca?
ROANI ROCK: Quando era mais novo, vi muitos shows que ocorriam num local chamado Sinuca Tico & Taco que ficava na Rua da Lapa (RJ). Era a noção que eu tinha de underground, entre 2013 até 2016, vi bandas, e toquei com a São Rock por lá. Mas o sobrado desmoronou, me afastei do underground e fiquei sem acompanhar. Graças a Simone Sas, da Dedo de Bruxa, fui inserido de novo no underground e pude ver de perto algo que nunca tinha vivenciado por parte de circuito de bandas, que é um companheirismo e vontade de fazer as coisas acontecerem. Começando pelo fato de existir o trampo do Rob do Agenda Rock que organiza tudo, há hoje em dia mais diálogo entre produtores(as) e bandas, casas como o Garage voltando e tendo recorde de shows autorais mesmo à frente de lugares tradicionais. Muito mais eventos como o Akasha e o Rockarioca, que tivemos o prazer indescritível de tocar em uma de suas edições no ano de 2024. Tem também a questão e interesse da presença de público, vi casas que normalmente recebem cover colocando o mesmo número de pessoas em eventos autorais. Acredito que uma chama foi acesa e ela está se mantendo firme, espero que siga assim.
4 – ROCK PRESS: A banda é uma das atrações do Festival Bonde de Verão. O que esperam dessa apresentação e qual a programação de shows para 2025?
ROANI ROCK: O André Paumgartten (N.do Editor: produtor do festival), é um agitador cultural a quem tenho muito carinho, por acima de tudo ter viabilizado a primeira vez que tocamos no Garage. A gratidão por ele não cabe no peito. Dito isso, qualquer evento criado por ele não é apenas um evento, e sim um acontecimento. Ele não faz nada aleatoriamente, há um planejamento e vendo o line-up desse ano, posso dizer que estamos muito bem acompanhados com os amigos da Anacrônicos, dele próprio e pela banda Drama, que fiquei muito interessado em ver ao vivo pelo que já escutei.
5 – ROCK PRESS: Quais os planos da banda para 2025? E, deixe uma mensagem final aos leitores da Rock Press…
ROANI ROCK: Esperamos que neste ano de 2025 tenhamos a oportunidade de tocar em ainda mais lugares. Tocar bastante o nosso EP “Uma Chance… Pode Ser A Única Da Vida” para que a nossa mensagem chegue para mais pessoas. E quem sabe trazer mais material inédito ao longo do ano. Acredito que começar o ano dando uma entrevista para a Rock Press é um sinal de que o ano vai ser bom, então só temos a agradecer.
FESTIVAL BONDE VERÃO 2025
Todos os sábados de janeiro
no Pecado Mora Ao Lado (RJ)
A banda Vicejo toca na primeira noite do festival ao lado das bandas Drama, Anacrônicos e Paumgartten e dando inicio as atividades de 2025 e com intuito de promover bandas e artistas autorais do cenário carioca, o Festival Bonde Verão é uma iniciativa do produtor, músico e DJ André Paumgartten, com quem conversamos, aqui na Coluna 1,2,3,4… (Leia) em mais uma produção cultural da Bonde Music. O festival vai acontecer aos sábados de janeiro, no bar O Pecado Mora ao Lado, espaço localizado na Praça da Bandeira (RJ).
RECOMENDAMOS…
A edição 2025 do evento segue o mesmo modelo da edição de 2024, porém, com mais experiência, novos nomes no cast, apenas a 808 Punks (banda do produtor), tocou na edição do ano passado. Ao fechamento dessa matéria tomamos conhecimento que por motivo de força maior, (mas sem brigas), a banda Prefeitura do Rio não irá participar do festival.
Além dos shows, discotecagem nos intervalos e banquinhas com material independente. Se ligue no serviço abaixo e prestigiem o evento. #Recomendamos! – Michael Meneses!
VICEJO CONTATOS:
YOUTUBE: @VicejoOficial
INSTAGRAM: @oficialvicejo
SPOTIFY: www.open.spotify.com/vicejo
BONDE MUSIC FESTIVAL 2025
PROGRAMAÇÃO:
04 DE JANEIRO: Drama, Vicejo, Anacrônicos e Paumgartten
11 DE JANEIRO: Velho Jou, Iguanas-X, Movimento da Roda e Magma Velvo
18 DE JANEIRO: B+P, Texuga, Guidi Vieira e Trash No Star
25 DE JANEIRO: Ladrão, Nebulosa, 808 Punks e Coyote Valvulado
LOCAL: O Pecado Mora ao Lado – R. Hilário Ribeiro, 196 – Praça da Bandeira/RJ
HORÁRIOS: Abertura da casa às 20h e o primeiro show às 22h.
INGRESSOS: À venda no site da Sympla (aqui) e na hora, na bilheteria da casa.
ENTRADA GRATUITA: Para PCDs e pessoas trans em todos os dias do festival.
PRODUÇÃO: AndréPaumgartten e Bonde Music
INFORMAÇÕES: Bonde Music – https://bondemusic.com.br/
APOIO:
Portal Rock Press – @portalrockpress
Selo Parayba Records – @paraybarecords
Agenda Rock RJ – @agendarockrj
Site Headbangers Brasil – @headbangers_br
Rob Low Produções – @roblowproducoes
Agencia The Bridge – @thebridgepressbr
Selo Saliva Discos – @salivadiscos
MICHAEL MENESES – É o editor da Rock Press deste 2017, criador do Selo Cultural Parayba Records, fotojornalista desde 1993, foi fanzineiro nos anos 1980/90, jornalista e cineasta de formação, pós-graduado em artes visuais. Fotografa e escreve para diversos jornais, revistas, sites e rádios ao longo desses últimos 30 anos, também realiza ensaios fotográficos de diversos temas, em especial música, jornalísticos, esporte, sensual, natureza... Pesquisa, e trabalha com vendas de discos de vinil, CDs, DVDs, livros e outras mídias físicas. Michael Meneses é carioca do subúrbio, filho de pai paraibano de João Pessoa e de mãe sergipana de Itabaiana. Vegetariano desde 1996. Em junho de 2021 foi homenageado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo vereador Willian Siri (PSOL/RJ), com monção honrosa por iniciativas no audiovisual e na cultura suburbana. Torce pelo Campo Grande A.C. no Rio de Janeiro, Itabaiana/SE no Brasil e Flamengo no Universo. Atualmente, dirige o filme, “VER+ – Uma Luz chamada Marcus Vini, documentário sobre a vida e obra do fotojornalista Marcus Vini e em julho de 2024, realizou a quarta edição do Parayba Rock Fest.
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