10 DISCOS + 1: Que valem a pena ouvir nesse primeiro trimestre de 2024

A Rock Press seleciona onze discos que serão lançados entre janeiro e março de 2024 e que você precisa escutar. Entre os 11 discos que #Recomendamos; New Model Army, The Jesus And Mary Chain, The Vaccines, Sleater-Kinney, Future Islands, Kula Shaker, MGMT, Laetitia Sadier, Mildlife, IDLES e The Smile. Leia na matéria que segue…

TEXTO: Leozito Rocha
IMAGENS: Divulgação

Ano começando votos e listas de afazeres renovados. Cada ano que entra reserva-nos expectativas e promessas de coisas melhores. Seja na saúde, no planejamento pessoal e/ou na vida profissional. Bom… Aproveito o ensejo e desejo a todos leitores as melhores estimas em 2024. Certo? Pois é… E, para embalar e trilhar a jornada dos leitores separamos onze álbuns que prometem fazer muitas boas cabeças pensantes do mundo musical. E, você tem a chance de ler aqui ANTES de tudo.

Além de artistas/bandas veteranas teremos uma nova safra aí que está pedindo passagem. Aquele famoso frescor de quem está começando a carreira… Vamos aos selecionados então:

THE VACCINES – Pick Up Full of Pink Carnations
O sexto álbum dos ingleses já foi lançado na rede. Saiu no dia 12 de janeiro e muita gente boa escutou e aprovou. O título foi tirado da (letra) canção “American Pie” de Don McLean. Há tempos que os The Vaccines demonstram competência e assertividade dentro do universo indie. O som que eles fazem são, em sua maioria, direto e simples. Não há firulas com solos ou experimentalismos. Os caras simplificam e mandam ver. E é isso mesmo que o ouvinte irá encontrar: canções simples, diretas e com uma certa coerência dentro da carreira da banda. A cotação desse novo trabalho fica entre 6 e 7. Ouça: “Sunkissed” e “Heartbreak Kid”.

SLEATER-KINNEY – Little Rope
Corin e Carrie estão nessa estrada desde o começo da década de 90. Representando também o riot grrrrl para além do indie ou punk rock. Esse é décimo primeiro trabalho delas e o resultado é muito bom. Lembrando que ele (disco) foi feito em meio a uma tragédia pessoal: a mãe de Carrie e seu padrasto faleceram numa viagem de carro. Dentro desse luto, elas conseguiram equilibrar o punk rock habitual com elementos da new wave e do pop rock. A produção teve um toque de mestre no acabamento das canções. Muitas das letras falam da vida e da morte além das costumeiras abordagens políticas. A crítica especializada deixou o álbum entre o 7 e 7.5. Um trabalho extremamente bom. Ouça: “Say It Like You Mean It” e “Hell”.

FUTURE ISLANDS – People Who Aren’t There Anymore
O quarteto estadunidense está de volta com seu sétimo álbum. Presentes na cena moderna e alternativa desde 2006 eles figuram sempre em listas relevantes do cenário musical. O som dos caras variam entre o alternativo dançante e o synth pop mais calmo. A produção desse novo trabalho ficou a cargo dos próprios e o selo que lança é o maravilhoso 4AD. Geralmente, essa chancela já basta por si só. Boa parte das canções foram lançadas na rede desde 2021.. Ali ainda naquele período nefasto de pandemia. A expectativa é grande nos caras. Ouça: “The Tower” e “King of Sweden”.

KULA SHAKER – Natural Magick
A banda inglesa capitaneada por Crispian Mills alcança o seu sétimo disco. O som deles é altamente psicodélico e festivo. O Kula Shaker soa com uma forte influência indiana na Inglaterra no meio do século passado. Muita gente boa considera os caras como algo entre o Happy Mondays e o Primal Scream com elementos orientais no som. Confesso que é uma boa linha de raciocínio. De qualquer forma a banda é muito, muito boa. O som é denso, potente, cheio de groove e com muito punch! Mistura tudo isso com mantras, revival sessentista e ragas… Dá um bailão psicodélico do bom. A faixa título desse trabalho é soberba. Já rolei em festas, inclusive. Promessa de trabalho altamente estiloso. Imperdível! Ouça: “Natural Magick” e “Indian Record Player”.

MGMT – Loss Of Life
Pois é… Os caras do MGMT estão na área também. Sinônimo de boa música e modernidade sonora, o duo Andrew e Ben trazem seu quinto álbum para esse ano de 2024. Pode parecer pouco para um duo que atravessa mais de vinte anos de existência, porém os caras trabalham muito em parcerias e produções de outros concomitantemente. Saber qual rumo eles tomaram, serão mais psicodélicos ou irão para o caminho do conservadorismo? Isso só saberemos depois de ouvirmos. O que posso dizer é que os caras seguem com melodias bonitas e harmonias solares. Ouça: “Nothing to Declare” e “Mother Nature”.

LAETITIA SADIER – Rooting for Love
Verdade. Eu tenho um fraco pelo Stereolab. E, justamente por isso venho acompanhando a carreira de Laetitita Sadier, vocalista do Stereolab, desde o começo. Uma espécie de herdeira vocal de Elizabeth Fraser do Cocteau Twins, a cantora francesa esbanja boa forma vocal e talento para canções etéreas e sensíveis. “Rooting for Love” é o quinto álbum solo dela. Escute naquelas tardes vazias (IRA! nos ensinou isso) de reflexões e ponderações. Elegância pouca é bobagem! Ouça: “Une Autre Attente” e “New Moon”.

THE JESUS MARY & CHAIN – Glasgow Eyes
Jamais faltaria numa lista minha trabalho novo dos irmãos Reid. Imagine!? Esse é o oitavo disco deles. Depois daquele estupendo anos 80 e 90 a banda findou e só voltou tempos depois. A sujeira, peso e sonoridade deles seguiu sempre na medida certa. Muitos teclados e um pé inteiro no som eletrônico (de certa forma sempre esteve) como no anterior: “Damage And Joy”. Aliás, um belo álbum. E, esse é um dos motivos que a expectativa segue grande por mais um grande trabalho. O single “Jamcod” deu um bico na porta! Vamos ver a sequência… Ouça: “Jamcod”

IDLES – Tangk
Quinto álbum dos ingleses do IDLES. O poderoso vocal de Joe Talbot segue presente nesse trabalho. Ele, inclusive, disse que esse disco representa o poder da banda. Opa! Então, desfrutemos, né? IDLES é uma espécie de queridinhos da crítica inglesa pela potência e postura ao vivo e nos vídeos. A sonoridade segue evoluindo nos trabalhos e a banda demonstra mais segurança e maturidade. Isso é muito bom. Soltaram três singles no decorrer do ano passado. Todos vibrantes e com ótima energia. Aposto que esse será um disco marcante de 2024. Curiosidade: no trabalho novo tem uma faixa que chama-se “Hall & Oates”. Genial, hein? Ouça: “Gift Horse” e “Grace”.

MILDLIFE – Chorus
Pois é… Pensou que ficaríamos só no indie, rock, pós punk? Nah… O Mildlife é uma banda que reúne o jazz pop dançante com bastante prog e fusion. Esse novo disco vem com pancadas dançantes e vibrantes aliadas aos sinthetizadores criativos e experimentais que os caras costumam destilar nos discos. O clima que a banda alcança é super refinado. Ficaram curiosos? Sim? É pra ficar mesmo. Esses malucos da Austrália produzem coisas muito finas e sofisticadas. Ouça: “Musica” e “Return To Centaurus” .

THE SMILE – Wall Of Eyes
Mais um disco aguardado pela crítica. Sim… The Smile é a outra face do pessoal do Radiohead. Mais experimental, com brincadeiras sonoras, harmonias mais etéreas (se é que é possível) e dobras de compassos. Esse novo trabalho teve que ser interrompido por questões de saúde, porém, só deu mais curiosidade. Thom e John seguem atiçados. Na minha cotação esse trabalho receberia uma nota bem auspiciosa. Os caras brilharam! Ouça: “Pana-Vision” e The Smoke.

NEW MODEL ARMY – Unbroken
A banda de Justin Sullivan lança mais um álbum certeiro. Décimo sexto trabalho dos ingleses. As letras politizadas e ácidas seguem a tônica da carreira dos caras. O disco tem peso, baladas criativas, sofisticação e a energia clássica de uma das mais importantes bandas. Ouça sem moderação e com a certeza de tratar-se de um dos principais trabalhos recentes deles. Ouça: “Reload” e “Language”.

SHOW – Falando em New Model Army…
Os caras fecharam mais uma turnê bacana aqui na América do Sul. E, eles passarão pelo Brasil com quatro shows sendo dois em SP, um em Curitiba e um no RJ. Falaremos mais sobre numa matéria exclusiva (leia aqui).

Prorrogação…
Difícil sintetizar aqui três meses de lançamentos em um universo tão rico, não é mesmo? Eu colocarei aqui de maneira mais sucinta outros lançamentos que prometem também. Discos novos de The LIbertines, The Dandy Warhols, Ride, The Black Crowes, Real State, Ministry, Kim Gordon, Kaiser Chiefs, Grandaddy, Elephan Stone, etc… Muita coisa boa. Estejam atentos! – Leozito Rocha.


Leozito Rocha – É radialista, pesquisador musical, escritor e amante de cinema. Colaborador de sites musicais, curador de rádio, editor e apresentador do “O Som do Leozito” na Internova Rádio (OUÇA), e observador incurável. Seu facebook é: https://www.facebook.com/leo.rocha.798/

Respostas de 3

  1. Vaccines, Idles e Jesus & Mary Chain eu acabei comprando os cd’s importados, amo essas bandas, e costumo comprar os discos físicos delas, e como eu já tenho todos os discos que eles já lançaram, não suporto a idéia de deixar “buracos” na discografia deles. Não é uma tarefa barata, pois além desses que citei, já importei nos novos de Pearl Jam, Green Day, Elbow, St. Vincent, The New Pornographers, Real Estate entre outras bandas …haja grana

  2. Vaccines, Idles e Jesus & Mary Chain eu acabei comprando os cd’s importados, amo essas bandas, e costumo comprar os discos físicos delas, e como eu já tenho todos os discos que eles já lançaram, não suporto a idéia de deixar “buracos” na discografia deles. Não é uma tarefa barata, pois além desses que citei, já importei nos novos de Pearl Jam, Green Day, Elbow, St. Vincent, The New Pornographers, Real Estate entre outras bandas …haja grana

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